Sem consenso, representantes patronais falam a comissão da reforma tributária

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LOC: A COMISSÃO MISTA DA REFORMA TRIBUTÁRIA OUVIU NESTA QUINTA-FEIRA REPRESENTANTES DO COMÉRCIO, AGRICULTURA, COOPERATIVAS E DOS SETORES FINANCEIRO E DE SEGUROS. LOC: PARTICIPANTES NÃO CHEGARAM A UM CONSENSO SOBRE A REFORMA IDEAL. RELATOR DISSE QUE APRESENTA SUAS CONCLUSÕES EM SETEMBRO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: O representante dos bancos lembrou que qualquer aumento de carga tributária em operações financeiras acaba chegando ao consumidor. A Confederação da Agricultura e Pecuária disse que as propostas em discussão talvez tragam alívio para indústria e setor financeiro, mas vão pesar sobre o setor rural. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo afirmou que a simplificação não pode ser o único objetivo e é preciso ter bastante cuidado com a nova taxação no consumo. Já a senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, disse que todos os setores precisam ceder para a reforma sair. E aí todos vão sair ganhando. (Kátia): Há concordância com relação a simplicidade, transparência, equidade. Mas ninguém quer que atinja com seu setor. Não é nenhuma crítica destrutiva, pejorativa, absolutamente, mas é impossível fazer uma reforma diante de tanta resistência. (Repórter): O deputado Alexis Fonteyne, do Novo de São Paulo, pediu que a reforma tenha como foco o cidadão, que é quem no final paga a conta e sofre para empreender no Brasil. (Alexis): Não mexa no meu, o meu tá bom, olha aqui. Não podemos pensar desse jeito. Temos que ver a economia como um todo. Como uma grande selva, não podemos ficar vendo setor por setor. Temos que ver a economia de uma forma sistêmica. Somos todos interligados. (Repórter): O relator da comissão, deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, afirmou que o papel dele é ouvir todos sobre a reforma, mas não se furtará a apresentar o que acredita ser o melhor caminho para a simplificação do sistema tributário brasileiro. (Aguinaldo): Estamos há 32 anos discutindo reforma tributária. Tivemos vários focos de discussões como este que estamos fazendo. Estamos trabalhando - para ser bem objetivo - minha ideia é que cumprida, e como relator é meu papel ouvir, dialogar, mas de minha pare estarei pronto para em setembro apresentar nosso relatório. (Repórter): Também participaram da audiência pública desta quinta representantes de cooperativas e empresas de seguros. Eles pediram mais segurança jurídica, o fim de tributações cumulativas e de cobranças em dobro, entre outras medidas. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.