Rota Bioceânica foi tema de audiência pública na CRE — Rádio Senado
Audiência pública

Rota Bioceânica foi tema de audiência pública na CRE

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) debateu em audiência pública os desafios para a conclusão da Rota Bioceânica, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, passando pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Chile. Os participantes concordaram com a importância da rota para incrementar o comércio entre os países sul-americanos. O embaixador do Chile, Fernando Schmidt, defendeu ainda a redução da burocracia alfandegária. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse que é importante usar o pacífico para exportações também para a Ásia.  Reportagem, Iara Farias Borges, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

Veja a íntegra da audiência pública aqui.

02/10/2019, 13h29 - ATUALIZADO EM 02/10/2019, 14h44
Duração de áudio: 02:29
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza audiência pública para debater conclusão da rota bioceânica, que pretende ligar o Atlântico ao Pacífico.

Mesa:
diretor de Planejamento e Logística S.A (EPL), Onassis Simões da Luz;
embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt;
presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS);
embaixadora e coordenadora do Corredor Rodoviário do Paraguai, João Carlos Parkinson de Castro;
coordenador do Corredor Rodoviário da Argentina; Marcello da Costa Vieira,
diretor do departamento de Gestão e Projetos Especiais da Secretaria Nacional de Transporte Terrestre (SNTT), Rafael Benini.

Senador Esperidião Amin (PP-SC) à bancada. 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A ROTA BIOCEÂNICA – QUE LIGA OS OCEANOS PACÍFICO E ATLÂNTICO – FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. LOC: OS PARTICIPANTES DEFENDERAM A CONCLUSÃO DA ROTA E A REDUÇÃO DA BUROCRACIA PARA DESENVOLVER O COMÉRCIO ENTRE BRASIL, ARGENTINA, PARAGUAI E CHILE. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (Repórter) A Rota Bioceânica vai ligar os oceanos Atlântico e Pacífico, passando pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Chile. Com a rota, o tempo de transporte entre os países será reduzido. E se forem utilizados outros modais de transportes integrados, como hidrovias, essa redução de tempo pode chegar a 70%. Com isso, serão diminuídos, também, os custos de exportação de produtos agropecuários, avaliou João Carlos de Castro, coordenador do Corredor Rodoviário Brasil. (João Carlos de Castro) “Os grandes objetivos dos corredores são reduzir tempo, os custos de transporte e armazenagem através de uma logística mais eficiente. É a logística que vai, ao contrário do passado, em que o comércio determinava a logística, agora, é a logística que está determinando o comércio. Isso é uma mudança de paradigma importante no nosso modelo”. (Repórter) Além da construção de estradas que liguem os países sul-americanos, é preciso eliminar a burocracia alfandegária, defendeu o embaixador do Chile, Fernando Schmidt. (Fernando Schmidt) “Nada adianta se temos uma infraestrutura completamente asfaltada, mas se o tempo de espera é burocratizado. Um elemento fundamental é unificar a documentação aduaneira. Toda essa documentação aduaneira não pode ser repetida se queremos, realmente, ter um corredor bioceânico atuante, vivo”. (Repórter) Em razão de políticas de defesa, o Brasil deixou de investir em rotas comerciais com o cone sul. Agora é o momento de fazer a integração para incentivar, pelo Pacífico, o comércio também com a Ásia, disse o senador Antonio Anastasia, do PSDB mineiro. (Antonio Anastasia) “Essa integração é factível, possível e necessária. Nós tivemos uma vocação, exclusivamente, atlântica e, com medo e receio e naturalmente em razão da geopolítica, ficamos sempre de costas para o lado do Pacífico. E, evidentemente, agora, também a questão do Pacífico assume um papel econômico muito mais relevante e torna-se, a meu juízo, quase que hemorrágica a necessidade de nós realizarmos esse corredor”. (Repórter) Participaram também do debate representantes da Secretaria Nacional de Transporte Terrestre; da Receita Federal; do DNITT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte; e da Empresa de Planejamento e Logística. REQ 56/2019-CRE

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