Rito do impeachment será definido em reunião de líderes com o presidente do STF — Rádio Senado
Impeachment

Rito do impeachment será definido em reunião de líderes com o presidente do STF

11/08/2016, 15h14 - ATUALIZADO EM 11/08/2016, 15h14
Duração de áudio: 02:00
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O RITO DO IMPEACHMENT SERÁ DEFINIDO NUMA REUNIÃO DE LÍDERES MARCADA PARA A PRÓXIMA SEMANA COM O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LOC: PRESIDENTE DO SENADO AVALIA QUE A ETAPA FINAL DEVERÁ DURAR ATÉ TRÊS DIAS. MAS DEFENSORES DE DILMA ROUSSEFF EXIGEM AMPLO DIREITO DE DEFESA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, discutirá com os líderes partidários as regras para a sessão de julgamento de Dilma Rousseff. Eles vão definir o tempo que cada senador terá para questionar as testemunhas e o das respostas. Ao confirmar que o julgamento terá início no dia 25, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, calcula que esta etapa será concluída em até 3 dias. (Renan Calheiros) Eu estimo que a sessão de julgamento deva durar pelo menos 3 dias. Mas espero que não complete o quarto dia. (Repórter) O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, descartou sessões nos finais de semana. Mas acredita que o julgamento deverá durar 4 dias. (Randolfe Rodrigues) A ideia é fazermos quinta e sexta e retomarmos na segunda-feira. Em princípio, acredito muito ser muito pouco provável que se tenha acordo para fazer a sessão esticando sábado e domingo. (Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, avisou que a defesa de Dilma não aceitará rito sumário. (Gleisi Hoffmann) Vamos utilizar tudo que estiver ao nosso alcance: regimento, Código de Processo Penal, a Lei 1079, o rito anterior do impeachment do ex-presidente Collor. Vamos usar tudo para garantir o direito de defesa. Não há justificativa essa pressa. (Repórter) O líder do PMDB, senador Eunício Oliveira do Ceará, considera que um julgamento em até 4 dias não retira o amplo direito de defesa. Mas ponderou que esse debate já está superado. (Eunício Oliveira) O Brasil inteiro já não aguenta mais esse assunto. Estamos há oito meses falando da mesma coisa. A presidente não tem condições de voltar, que perdeu a governabilidade e que não tem 1/3 do Congresso Nacional. Não há porque postergar mais esse processo. (Repórter) Além das testemunhas, deverão falar no julgamento os advogados de defesa e acusação, além da própria presidente afastada.

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