Representantes de servidores criticam reforma da Previdência em audiência na CDH — Rádio Senado
Audiência pública

Representantes de servidores criticam reforma da Previdência em audiência na CDH

Representantes de servidores públicos e de trabalhadores da iniciativa privada afirmaram em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos que a Reforma da Previdência (PEC 6/2019) é prejudicial e altera normas já estabelecidas. O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), afirmou que a população ainda não está ciente das mudanças sugeridas pelo governo. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

05/08/2019, 12h11 - ATUALIZADO EM 05/08/2019, 12h11
Duração de áudio: 01:54
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para debater PEC 6/2019, que trata da reforma da previdência.

Mesa:
secretário Executivo da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, Edson Índio;
presidente da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil - Associação Nacional (Unafisco), Mauro Silva;
presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
presidente do Conselho Executivo da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Décio Bruno Lopes;
diretor do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Simprofaz), Achilles Linhares de Campos Frias.

 
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: REPRESENTANTES DE SERVIDORES PÚBLICOS CRITICARAM MUDANÇAS NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA COMO O AUMENTO DAS ALÍQUOTAS DE CONTRIBUIÇÃO DO FUNCIONALISMO. LOC: A PROPOSTA FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. SAIBA MAIS NA REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE: (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, presidente da Comissão de Direitos Humanos, afirmou que a população ainda não está ciente de todas as mudanças da Reforma da Previdência: (Paulo Paim) A população não sabe o que está acontecendo. A maioria não sabe. Porque a proposta é quase um estatuto. Muitos assuntos em uma única proposta que é a PEC número 6. (Repórter) O presidente da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Mauro Silva, considera prejudicial a proposta para os servidores públicos ao citar as mudanças em regras já estabelecidas: (Mauro Silva) Eu estou falando a esse direito a uma estabilidade das normas. Imagina um dia você chegar no seu local de trabalho e o seu empregador falar assim: “sabe aquela proposta de trabalho que eu fiz? Tudo isso agora acabou. Tudo isso é privilégio”. (Repórter) Décio Bruno Lopes, representante da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, criticou a inclusão na Constituição das alíquotas de contribuição progressivas, que podem chegar a 22 por cento: (Décio Bruno Lopes) Não é normal a constituição estabelecer alíquotas. Tentam desconstitucionalizar o direito previdenciário e constitucionalizar alíquotas de contribuição. E não são alíquotas únicas, mas alíquotas progressivas. (Repórter) Para Edson Índio, Secretário Executivo da Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, as mudanças da Reforma vão atingir principalmente aqueles que ganham menos e com idade mais avançada: (Edson Índio) Porque nesse país quem tem mais de 50 anos não consegue se manter no emprego formal e quando perde emprego não consegue voltar para a economia formal. Vai aposentar quando? (Repórter) Paulo Paim afirmou que representantes do governo foram convidados para a audiência mas não confirmaram presença. A Reforma da Previdência passará por uma última votação na Câmara dos Deputados antes de ser analisada pelos senadores. PROJETO: PEC 6/2019 https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2192459

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