Representantes de 11 países se reúnem em congresso mundial

LOC: REPRESENTANTES DE ONZE PAÍSES SE REÚNEM NO SENADO ATÉ QUARTA-FEIRA NO CONGRESSO MUNDIAL DE APOSENTADOS. LOC: O OBJETIVO É DEBATER E TROCAR EXPERIÊNCIAS EM TORNO DA SITUAÇÃO DOS APOSENTADOS E PEENSIONISTAS EM CADA UM DOS PAÍSES QUE PARTICIPAM DO ENCONTRO. Pela primeira vez, onze países de diferentes continentes se reuniram para debater as respectivas situações dos aposentados. Representantes do Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, México e Itália são alguns dos que compartilham as experiências, leis vigentes e debatem as políticas que deram certo no Primeiro Congresso Mundial de Aposentados e Pensionistas. Para o presidente da Confederação Brasileira do Aposentados e Pensionistas, Warley Martins, a troca de idéias mostra que apesar de o Brasil pagar caro para manter o sistema previdenciário, o país ainda está em uma posição de destaque em relação à maioria. (WARLEY) Nós acreditamos ainda que a nossa previdência, aqui no Brasil é a melhor do mundo, não tem previdência igual a nossa. Hoje mesmo o ministro da Previdência falou que acabou essa história, que a previdência nossa não tem déficit. Então a gente está muito contente com essa palavra do ministro e agora é que a gente vai lutar mais ainda pra gente conseguir o que está sendo tirado de nós aposentados e pensionistas. (PAULA) O Congresso de aposentados acontece no momento em que os parlamentares discutem no Congresso o Orçamento do ano que vem. Entre as reivindicações dos aposentados e pensionistas está o reajuste das aposentadorias com o mesmo índice concedido ao salário mínimo. Além disso, eles lutam pelo fim do fator previdenciário, uma equação utilizada atualmente para calcular a aposentadoria, baseada na idade, no tempo de contribuição e na expectativa de vida. A proposta que extingue esse fator foi aprovada pelo Senado e está na Câmara. Para o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, autor desse projeto, a mobilização é fundamental para que o Congresso Nacional vote propostas de interesse da sociedade. O Congresso Nacional não é diferente, seja aqui, no Uruguai, na Argentina, no Paraguai, na Itália, na Alemanha, enfim em qualquer país do mundo. Aqui no Brasil, pelo menos o Congresso funciona de acordo com a batida dos tambores nas ruas. Se os tambores baterem e fizerem o barulho necessário e o Congresso se sentir pressionado, ele atende a demanda das ruas, o toque a batida do tambor. Se não houver pressão, se não houver mobilização, com certeza, as nossas propostas não serão aprovadas. (PAULA) O Congresso Mundial prossegue nesta quarta-feira. Os participantes do encontro querem criar uma pauta mundial sobre as prioridades dos aposentados e pensionistas. E a Confederação Nacional dos Aposentados vai entregar um abaixo assinado com 500 mil assinaturas ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, pedindo urgência na votação do PL 4434, que dispõe sobre reajustes de benefícios e do fim do fator previdenciário.