Representantes das instituições de ensino superior criticam MP que altera o FIES
Transcrição
LOC: REPRESENTANTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR CRITICAM A MEDIDA PROVISÓRIA QUE ALTERA O FIES.
LOC: A COMISSÃO MISTA QUE AVALIA A PROPOSTA SE REUNIU, NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER REBECA LIGABUE (LIGABÍ).
(Repórter) A MP 785 estabelece três novas formas de concessão do Fies, que passarão a valer em 2018. Os financiamentos serão divididos entre o governo, universidades e bancos, de acordo com cada modalidade. Durante a reunião, o representante da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior, Solon Caldas afirmou que a medida abandona o caráter social do Fies.
(Solon Caldas) Por que vai dificultar a oferta de vagas? Porque o governo não financia 100% da mensalidade e essa é a diferença, o aluno não vai pagar para a IES e vai pagar para o banco.
(Repórter) Para Elizabeth Guedes, vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares, as mudanças vão diminuir a eficiência do programa e prejudicar os estudantes.
(Elizabeth Guedes) Eu não preciso de uma medida provisória para pegar o Fies anterior e transformá-lo em um programa melhor. No momento em que você cria um comitê gestor que é externo ao MEC e que passa a decidir sobre esse programa, nós também não temos mais o MEC capitaneando ações no ensino superior.
(Repórter) O presidente da Associação Brasileira de Estágios, Seme Arone Júnior, destacou a importância de facilitar o acesso ao ensino superior. (sonora Seme, 9’’) No Brasil, quem tem nível superior completo, a taxa de desemprego é muito menor, apenas 6.40%.
(Repórter) O presidente da comissão mista, senador Dalírio Beber, do PSDB de Santa Catarina, avaliou que o colegiado deve fazer uma análise cuidadosa para garantir a continuidade do Fies.
(Dalírio Beber) Fazer o uso das faculdades privadas tendo a garantia do financiamento do ensino superior é algo que vai transformar a vida de muitos brasileiros.
(Repórter) Os convidados também se manifestaram contra a exigência de fiador para estudantes com renda familiar mensal por pessoa superior a um salário mínimo. Outras quatro audiências públicas serão promovidas antes de o colegiado votar o relatório sobre a proposta.
MP 785/2017