Relembre o primeiro depoimento de Paulo Roberto Costa à CPI Mista — Rádio Senado

Relembre o primeiro depoimento de Paulo Roberto Costa à CPI Mista

LOC: A CPI MISTA DA PETROBRÁS OUVE NESTA TARDE O EX-DIRETOR DA ESTATAL, PAULO ROBERTO COSTA.  

LOC: ESTA É A SEGUNDA VEZ QUE ELE VEM AO SENADO ESTE ANO PARA PRESTAR DEPOIMENTO SOBRE AS ACUSAÇÕES DE ENVOLVIMENTO EM CORRUPÇÃO, LANÇADAS PELA OPERAÇÃO LAVA-JATO, DA POLÍCIA FEDERAL. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

(Repórter) O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef foram presos em março pela Operação Lava-Jato, que identificou um esquema de lavagem de dinheiro, com movimentação estimada em 10 bilhões de Reais. O ex-executivo foi solto em maio, por decisão do STF, mas voltou a ser preso em junho, sob a alegação de que poderia fugir do país. Ele teria 23 milhões de dólares em bancos suíços. Em troca de diminuir a pena a que pode ser sentenciado, negociou um acordo de delação premiada. Admitiu desvios de dinheiro e acusou uma série de políticos. Porém, um dia antes de voltar a ser preso, em 11 de junho, havia negado as acusações em depoimento à CPI do Senado. Na ocasião, Paulo Costa disse que não havia nenhum cabimento na acusação do Ministério Público de que teria usado o cargo na ¬estatal para superfaturar ¬contratos. E repudiou acusações de que a Petrobrás seria uma empresa criminosa 

(Paulo Roberto Costa) A Petrobrás não tem em seus quadros bandidos. Essa ilação de que a Petrobras criou dentro dela e na minha pessoa uma organização criminosa, isso não tem sustentação. 

(Repórter) Durante o depoimento, o relator da CPI, José Pimentel, do PT do Ceará, questionou as altas somas em reais, dólares e euros encontradas pela Polícia Federal na casa de Costa. Ele respondeu que eram economias e que o dinheiro seria usado em uma viagem; e em negócios. Negou que tivesse feito doações a campanhas eleitorais. Também em junho, a presidente da Petrobrás Graça Foster afirmou à CPI mista da Petrobrás que as suspeitas de operações criminosas na empresa causavam vergonha. E se limitou a dizer que Paulo Costa não assinava sozinho os contratos da Petrobras. 

(Graça Foster) O ex-diretor não tinha o poder soberano sobre as decisões colegiadas da Petrobras. 

(Repórter) Graça Foster informou que uma comissão interna, encarregada de investigar se Costa atuou como lobista e se conseguiu contratos para prestadoras de serviço, não identificou contato entre ele e empregados da Petrobras.
17/09/2014, 12h29 - ATUALIZADO EM 17/09/2014, 12h29
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