Relatório conclui que Política Nacional de Defesa precisa de ajustes significativos
A Política Nacional de Defesa precisa de ajustes significativos para assegurar o desenvolvimento da indústria e permitir a continuidade dos projetos estratégicos para o país. Esta foi a conclusão do relatório apresentado nesta quinta-feira (3) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) sobre a situação da indústria da defesa – tema escolhido pelos senadores para ser avaliado em 2015. Ao apresentar o relatório, o senador Ricardo Ferraço (PMDB – ES) disse que a há um ambiente de quase colapso na Indústria Nacional de Defesa, como em outros setores, face à crise fiscal. Segundo Ferraço, as restrições orçamentárias comprometem o futuro de projetos estratégicos para o controle do espaço aéreo, marítimo e das fronteiras.
Transcrição
LOC: A POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA PRECISA DE AJUSTES SIGNIFICATIVOS PARA ASSEGURAR O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA E PERMITIR A CONTINUIDADE DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS PARA O PAÍS.
LOC: ESTA FOI A CONCLUSÃO DO RELATÓRIO APRESENTADO NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES SOBRE A SITUAÇÃO DA INDÚSTRIA DA DEFESA – TEMA ESCOLHIDO PELOS SENADORES PARA SER AVALIADO EM 2015. REPÓRTER NARA FERREIRA:
(Repórter) O presidente da Comissão, senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, destacou que, como outros setores da economia brasileira, a indústria da defesa tem sido duramente afetada pelos cortes orçamentários – o que coloca em risco programas estratégicos para a segurança nacional. Aloysio Nunes lembrou que após a série de audiências promovidas desde que o tema foi escolhido para avaliação este ano, ficou clara a necessidade de profundos ajustes nesse setor:
(Aloysio Nunes) como rever a destinação orçamentária para projetos estratégicos, que não podem ficar a mercê de contingenciamentos, criar mecanismos para o fomento da base industrial de defesa nacional que permitam o Brasil retomar sua condição de grande exportador e de país de vanguarda em termos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
(Repórter) Ao apresentar o relatório, o senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, disse que a há um ambiente de quase colapso na indústria nacional de defesa, como em outros setores, face à crise fiscal. Ele afirmou que as restrições orçamentárias comprometem o futuro de projetos estratégicos para o controle do espaço aéreo, marítimo e das fronteiras
(Ricardo Ferraço) Não basta que de essa missão à marinha, ao exército e aeronáutica se não der os meios, é disso que se trata, estamos estabelecendo missões para as nossas forças e não estamos dando meios para que elas possam cumprir as nossas funções.
(Repórter) Como exemplo de projeto estratégico, Ricardo Ferraço citou o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, Sisfron, desenvolvido pelo Exército brasileiro para proteger mais de dois milhões e meio de quilômetros quadrados de fronteira seca. Ele lembrou que o Brasil já teve uma das mais competitivas indústrias de defesa do mundo, na década de 80, quando estava entre os cinco maiores exportadores de equipamentos e desenvolvia o programa nuclear e aeroespacial, hoje praticamente parados. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES SABATINOU E APROVOU NESTA QUINTA FEIRA O DIPLOMATA FLÁVIO SOARES DAMICO, PARA EMBAIXADOR DO BRASIL EM SINGAPURA, PAÍS DO SUDESTE ASIÁTICO QUE TEM O MELHOR ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DO CONTINENTE.
LOC: A INDICAÇÃO SEGUIU PARA O PLENÁRIO DO SENADO.