Rádio pode ter forte impacto na escolha do eleitor, diz especialista — Rádio Senado
Eleições 2018

Rádio pode ter forte impacto na escolha do eleitor, diz especialista

O horário eleitoral gratuito começa nesta sexta-feira (31/08) e vai até 4 de outubro, três dias antes das eleições. No rádio, o programa será veiculado em dois horários, às 7h e às 12h. Além disso, as emissoras de rádio devem destinar 70 minutos por dia para a propaganda eleitoral, na forma de inserções de 30 e 60 segundos cada, conforme as regras de distribuição entre os candidatos estabelecidas pela Justiça Eleitoral. Autor de trabalhos importantes sobre a radiodifusão no Brasil, como o livro “Rádio – Teoria e Prática”, o professor Luiz Artur Ferraretto (UFRGS) acredita que esse veículo de comunicação é subestimado pelos candidatos a cargos eletivos. Um dos erros mais comuns é repetir no rádio os programas pensados para a televisão, o que pode desagradar os ouvintes. 

28/08/2018, 13h44 - ATUALIZADO EM 28/08/2018, 19h08
Duração de áudio: 01:57
Sasiistock/istockphoto

Transcrição
LOC: O HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO COMEÇA NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, DIA 31. LOC: E O RÁDIO PODE TER UM PAPEL FUNDAMENTAL PARA AQUELE CANDIDATO QUE SOUBER USÁ-LO. FOI O QUE AFIRMOU O PROFESSOR LUIZ ARTUR FERRARETTO, DA FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) O horário eleitoral gratuito vai de 31 de agosto a 4 de outubro e no rádio o programa será veiculado em dois horários, às 7 da manhã e ao meio dia. Além disso, as emissoras de rádio devem destinar 70 minutos por dia para a propaganda eleitoral, na forma de inserções de 30 e 60 segundos cada, conforme as regras de distribuição entre os candidatos estabelecidas pela Justiça Eleitoral. Autor de trabalhos importantes sobre a radiodifusão no Brasil, como o livro “Rádio – Teoria e Prática”, o professor Luiz Artur Ferraretto acredita que esse veículo de comunicação é subestimado pelos candidatos a cargos eletivos. Um dos erros mais comuns é repetir no rádio os programas pensados para a televisão: (Luiz Artur Ferraretto) e às vezes os marqueteiros esquecem, né, rádio é uma coisa, televisão é outra. Não dá para pegar o que é pensado para a televisão e simplesmente colocar o áudio no rádio. Não vai ter efeito, não é? (Repórter) O professor Ferraretto afirma que o ouvinte de rádio se sente desrespeitado com esse tipo de postura, o que pode prejudicar o candidato na hora que esse eleitor for escolher em quem votar. Por outro lado, o candidato que souber valorizar as características do rádio, como a proximidade com o ouvinte e a linguagem coloquial, pode ganhar votos: (Luiz Artur Ferraretto) Os políticos da era das redes sociais eles precisam ser mais diretos, objetivos, e falar a linguagem das pessoas que eles querem atingir. Nesse aspecto, o rádio vai ao encontro dessa realidade. Até porque o rádio deixou de ser aquele rádio da locução impostada e passou a ser o rádio da coloquialidade. Esses políticos para atingir o seu público através do rádio eles precisam se adequar a essa ideia, uma ideia de coloquialidade, uma ideia de saber se comunicar. (Repórter) O professor Ferrareto destaca ainda que não há nada de gratuito no horário eleitoral veiculado no rádio e na televisão. Segundo a ONG Contas Abertas, a exibição da propaganda vai custar cerca de 1 bilhão de reais aos cofres públicos em isenção fiscal dada às emissoras.

Ao vivo
00:0000:00