Quase 6 mil brasileiros ainda estão retidos no exterior em função de pandemia — Rádio Senado
Pandemia

Quase 6 mil brasileiros ainda estão retidos no exterior em função de pandemia

Quase seis mil brasileiros ainda estão impedidos de voltar para o Brasil por causa da pandemia do novo coronavírus. O Itamaraty tem fretado voos para a repatriação. Os que ainda se encontram nesta situação devem entrar em contato com os canais oficiais de embaixadas e consulados. A reportagem é de Regina Pinheiro, da Rádio Senado.

02/04/2020, 17h06 - ATUALIZADO EM 02/04/2020, 17h06
Duração de áudio: 02:28
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: QUASE SEIS MIL BRASILEIROS AINDA ESTÃO IMPEDIDOS DE VOLTAR PARA O BRASIL POR CAUSA DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS LOC: O ITAMARATY TEM FRETADO VOOS PARA A REPATRIAÇÃO. REPÓRTER REGINA PINHEIRO TÉC: De acordo com o Ministro das Relações Exteriores, Chanceler Ernesto Araújo, nas últimas semanas, já retornaram ao país em torno de 10 mil brasileiros. O Itamaraty garante que vai repatriar os quase 6 mil brasileiros que ainda estão retidos no exterior em função do fechamento de fronteiras para frear o avanço do novo coronavírus. Com o cancelamento de voos e rotas comerciais, têm sido fretadas aeronaves. O país que ainda concentra o maior contingente de brasileiros é Portugal, com cerca de 1.500 nesta situação. A locutora Ritta Zumba é um desses brasileiros. Ela mora em Brasília e está em PineCrest, Miami, nos Estados Unidos, desde o dia 28 de fevereiro, quando foi visitar a irmã, que vive no país. (Ritta) “Como os voos foram cancelados, a America Airlines fez uma parceria com a Latam e aí eles estão realocando os passageiros desde o dia 15 de março, para os voos disponíveis. Então, eu estou na fila de espera. Já me questionaram se eu aceitaria, em vez de ser um voo direto, que era o meu voo original, se eu aceitaria ir para São Paulo e de São Paulo pegar outro voo para Brasília, eu aceito. Eu sei que o Ministério das Relações Exteriores está fazendo um cadastro para tentar ajudar as pessoas que não tem condição financeira ou estão em países com determinados bloqueios, né? . (Rep) Assim como no Brasil, as cidades americanas estão em quarentena, com isolamento social. (Ritta) “Nessas últimas duas semanas eu saí de casa uma vez, que eu fui ao banco e fui ao mercado. Mas tudo muito rápido e evitando proximidade com outras pessoas. Em casa nós temos aqui a minha mãe e minha tia, elas têm mais de sessenta anos. Eu tenho uma irmã mais velha que tem a saúde frágil, também. Então, a gente não sai. Justamente para evitar o risco de contaminação e passar a contaminação para elas. (Rep) Enquanto aguarda o retorno, Ritta desenvolve um projeto com a irmã. (Ritta) E durante esses dias, eu estou aproveitando para costurar. Eu comecei um projeto com a minha irmã de enviar produtos, de enviar doações pras crianças do Haiti. A cidade principal, a capital, fica a duas horas e meia de viagem daqui de Miami. Então, mais ou menos um mês e meio atrás ela foi pra lá, levou algumas doações, material escolar, roupas. Eu faço uns vestidos e faço uns shorts para mandar para as crianças. Então, para mim, está sendo ótimo porque é uma oportunidade para preparar alguma coisa para beneficiar alguém. (Rep) Para voltar para o Brasil, os brasileiros no exterior devem entrar em contato com os canais oficiais de embaixadas e consulados. A Anac também atua na operação de regresso, disponibilizando formulário para registro de brasileiros com voos cancelados no endereço anac.gov.br/brasileironoexterior. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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