Prevenção da violência contra a mulher pode fazer parte do currículo da educação básica — Rádio Senado
Violência Contra Mulher

Prevenção da violência contra a mulher pode fazer parte do currículo da educação básica

O senador Plínio Valério (PMDB - AM) propôs o Projeto de Lei 598 de 2019, que prevê a alteração da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a fim de incluir no currículo da educação básica, a prevenção da violência contra a mulher. Segundo o senador, é preciso mudar esse comportamento violento arraigado na sociedade desde a infância. Saiba mais na reportagem de Maria Ferreira.

22/03/2019, 18h01 - ATUALIZADO EM 22/03/2019, 18h01
Duração de áudio: 01:59
Junior Silgueiro/Seduc-MT

Transcrição
LOC:. A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER PODE FAZER PARTE DO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PAÍS. LOC: PARA O AUTOR DO PROJETO, SENADOR PLÍNIO VALÉRIO, DO PMDB DO AMAZONAS, É PRECISO MUDAR ESSE COMPORTAMENTO VIOLENTO ARRAIGADO NA SOCIEDADE DESDE A INFÂNCIA. REPÓRTER MARIA FERREIRA. TÉC: A ideia é que a prevenção de todas as formas de violência contra a criança, adolescente e à mulher, bem como conteúdos relativos aos direitos humanos, façam parte do currículo de alunos da educação básica. O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e quer incluir os assuntos na grade de forma transversal, sem a necessidade de provas ou notas ao final do bimestre. Segundo o autor da proposta, senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, é preciso mudar esse comportamento arraigado na sociedade, que se não chega a permitir, também não impede a violência contra a mulher. (Plínio Valério) Aprenderiam pelo nosso PL, aprenderiam que mulher não é mercadoria, que mulher quando diz “não” você tem que respeitar. O que hoje o que a gente presencia e vê é o pai incentivando seu filho a namorar, a dizer que é macho né. E na escola eles vão ouvir o contrário. Que eles tem que respeitar, porque vão citar crimes, mulher não é propriedade de ninguém. O feminicídio que tá tão em voga aí. Então eu acho que na base, lá na raiz, lá na raiz, pode ser que a gente tenha esperança nas novas gerações, porque a geração atual, é muito machista. (Repórter) No texto de seu projeto, o senador amazonense afirma que iniciativas como a Lei Maria da Penha, e o recente endurecimento da legislação, não conseguem sozinhas minimizar ou cessar a violência que acomete as mulheres. Entretanto, o projeto pode empoderá-las desde a infância e ensinar aos meninos a não cometerem violência. (Plínio Valério) É importante, é muito importante os meninos, os homens, entenderem isso. Então desde pequenininho ele ouvindo que isso tudo não é certo, que isso tá errado, que mulher não é propriedade, que mulher tem o direito de dizer não, eu tenho esperança nessa nova geração. Não tem porque aceitar, o assédio, as brincadeiras. Eu acho que, desde cedo, vai ser legal ensinar as crianças isso. (Repórter) O Projeto de Lei está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, onde aguarda relatório da senadora Daniella Ribeiro, do PP da Paraíba. Com supervisão de Tiago Medeiros, da Rádio Senado, Maria Ferreira.

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