Renan Calheiros admite que não deve votar no processo de impeachment de Dilma — Rádio Senado
Processo de Impeachment

Renan Calheiros admite que não deve votar no processo de impeachment de Dilma

27/07/2016, 18h27 - ATUALIZADO EM 27/07/2016, 18h28
Duração de áudio: 02:03
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO ADMITE QUE NÃO DEVE VOTAR NO PROCESSO DE IMPEACHMENT DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF. LOC: A CHAMADA PRONÚNCIA ESTÁ MARCADA PARA O DIA NOVE DE AGOSTO E O JULGAMENTO FINAL NA ÚLTIMA SEMANA DE AGOSTO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC (Repórter): Caso a Comissão Especial do Impeachment aceite a pronúncia contra a presidente afastada Dilma Rousseff na próxima semana, o processo será votado pelo Plenário do Senado no dia 9. Se aprovado por maioria simples, o pedido de afastamento definitivo da petista será novamente apreciado pelo Plenário na última semana de agosto. Todas essas sessões serão comandadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, por determinação da Lei do Impeachment. A regra se devia ao fato de o vice-presidente da República, na época em que a lei foi feita, também acumular o cargo de presidente do Senado. Nesse caso, a condução do processo pelo presidente do STF garantiria a lisura do julgamento. Ao evocar isenção, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, sinalizou que não deverá votar nem na pronúncia nem no julgamento da presidente afastada, a exemplo do que fez no pedido de afastamento em maio. (Renan) O presidente para guardar as relações com todos os lados precisa ter muito equilíbrio, isenção e imparcialidade. Eu disse por ocasião da admissibilidade que não ia votar a admissibilidade, não ia votar a pronúncia e pretendia não votar no julgamento. (Repórter): Renan antecipou que o julgamento final poderá durar dias, já que haverá a manifestação dos advogados da acusação e da defesa assim como das testemunhas das partes. Dilma Rousseff poderá ser interrogada pelos senadores, que se transformarão em juízes, como explica o presidente do Senado. (Renan) O julgamento é como se fosse um Tribunal de Júri. Você tem que conceder a palavra às partes e às testemunhas. E como é o Senado que vai julgar, você tem que conceder a palavra, a exemplo do que fizemos na admissibilidade, para cada um dos 81 senadores. (Repórter): Pelo tempo de fala de 10 minutos para cada senador, a sessão do dia 9 poderá durar 20 horas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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