Cursos rápidos podem ajudar ‘desalentado’ a voltar ao mercado de trabalho — Rádio Senado
Sem perspectiva

Cursos rápidos podem ajudar ‘desalentado’ a voltar ao mercado de trabalho

Além dos 13 milhões de desempregados, o Brasil contabiliza cerca de 5 milhões de desalentados. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), metade das pessoas que desistiram de procurar emprego não completaram o Ensino Fundamental; 25% estão na faixa etária de 18 a 24 anos e 60% moram no Nordeste. Segundo a pesquisadora do IPEA, Maria Andréia Lameiras, o desalentado espera uma mudança de cenário após as eleições para conseguir um emprego. Ela, no entanto, apontou a falta de qualificação profissional como uma das dificuldades para a conquista de uma vaga no mercado formal.

24/09/2018, 19h42 - ATUALIZADO EM 25/09/2018, 11h18
Duração de áudio: 02:03
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Transcrição
LOC: PESQUISA REVELA AUMENTO DO NÚMERO DE PESSOAS QUE DESISTIRAM DE PROCURAR EMPREGO. A MAIORIA MORA NO NORDESTE E É FORMADA POR JOVENS E MULHERES. LOC: UMA DAS AUTORAS DO ESTUDO DO IPEA DEFENDE CURSOS PRÁTICOS VOLTADOS PARA AS VAGAS DISPONÍVEIS NO MERCADO QUE POSSAM ATENDER AOS DESESPERANÇOSOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Além dos 13 milhões de desempregados, o País ainda contabiliza cerca de 5 milhões de desalentados. De acordo com o IPEA, metade das pessoas que desistiram de procurar emprego por total falta de esperança por mais de um mês não completou o Ensino Fundamental; 25% delas são jovens na faixa etária de 18 a 24 anos; mais de 54% são mulheres e 60% moram no Nordeste. A pesquisadora do IPEA, Maria Andréia Lameiras, destacou que os desempregados e desalentados aguardam uma definição no cenário eleitoral para retomarem a busca pelo emprego. Ela comentou que até quem foi demitido há pouco tempo se mostra desanimado em procurar outro trabalho. (Maria) Ele entende que neste momento não adianta procurar emprego porque não vai achar. Procurar emprego gera um custo para o trabalhador. Ele tem que pagar passagem, precisa de uma alimentação, gastar dinheiro com impressão e xerox de currículo. Então, esse trabalhador percebe que está gerando um custo, que não tem retorno porque nem para entrevista é chamado. Então, ele desiste. (REP) A pesquisadora do Ipea apontou a falta de qualificação profissional como uma das dificuldades para o desalentado voltar a procurar emprego. Para Maria Andréia, esse problema poderia ser amenizado com a oferta de cursos de curta duração voltados especificamente para as demandas do mercado. (Maria) Esses trabalhadores mais idosos não têm tempo para absorver uma gama infinita de conhecimentos. Temos alguns setores específicos que precisam de mão de obra. Então, vamos focar esse trabalhador em cursos de menor duração e com objetivo mais determinado para qualificar essa mão de obra. A pesquisa do IPEA mostra ainda que 70% dos desalentados não são chefes de família. Mas não questionou o que essas pessoas fazem para viver. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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