Pesquisa do DataSenado mostra apoio ao acesso gratuito à internet
Pesquisa do Instituto Datasenado revela que 87% dos entrevistados apoiam internet gratuita para alunos da rede pública. Foram aproximadamente 3,5 mil participantes, dos quais apenas 8% acham que a medida não vai beneficiar os estudantes. O autor de projeto nesse sentido, senador Dário Berger (MDB-SC), defende que o benefício seja estendido até um ano após a crise sanitária, para estimular o uso da tecnologia nas atividades extracurriculares. A reportagem é de Marcella Cunha.
Transcrição
LOC: O ACESSO A INTERNET GRATUITO PARA ALUNOS DA REDE PÚBLICA TEM APOIO DE 87% DOS ENTREVISTADOS EM PESQUISA DO DATASENADO.
LOC: A MEDIDA VALERIA ATÉ UM ANO APÓS A PANDEMIA DO NOVO CORANAVÍRUS COMO FORMA DE POSSIBILITAR O ENSINO À DISTÂNCIA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
TÉC: Uma pesquisa do Instituto DataSenado mostrou que 87% das pessoas apoiam que alunos da rede púbica tenham internet gratuita para viabilizar o ensino à distância devido à pandemia. Foram aproximadamente 3 mil e 500 participantes, dos quais apenas 8% acham que a medida não vai beneficiar os estudantes. A ideia é que as operadoras de banda larga não descontem o consumo pelo acesso à educação remota do pacote de dados. A medida valeria para internet pós e pré-paga, tanto fixa como móvel. A proposta é de autoria do presidente da Comissão de Educação, senador Dário Berger, do MDB de Santa Catarina. Para ele, a pandemia trouxe à tona a imensa desigualdade na área educacional.
(Dário) Diante dessa situação preocupante, tendo em vista que a internet se tornou uma ferramenta essencial e quase indispensável nesse novo normal, elaborei esse projeto de lei poque tenho a convicção de que será um grande passo para gerar oportunidades de aprendizado àqueles estudantes de escola pública de baixa renda, que na pratica, estão a quase 3 meses sem aula.
(REP) O custo poderá ser descontado pelas empresas de internet do valor que elas devem pagar ao Fust, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações. A gratuidade valeria até um ano após o fim da pandemia, para estimular atividades extraclasse, como explicou Berger.
(Dário) Ao estender o benefício por mais tempo poderemos incentivar de alguma forma as redes de educação a utilizarem mais mantô-los tecnologia, mesmo como fim da pandemia. Passando atividades complementares aos estudantes de maneira online e mantê-los engajados nos estudos.
(REP) Dados da Unicef mostram que quase 20% dos estudantes de escolas públicas não possuem acesso à internet, o que representa cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes de 9 a 17 anos. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.
