Tempo de TV e recursos mudam estratégia partidária para eleições — Rádio Senado
Câmara dos Deputados

Tempo de TV e recursos mudam estratégia partidária para eleições

Segundo o TSE, aumentou em 6,4% o número de candidaturas nestas eleições, num total de 27.841. Mas 9 dos 10 partidos com a maior quantidade de votos em 2014 reduziram o número de candidatos a deputado federal. O PSB e o PTB, por exemplo, lançaram apenas a metade. O consultor do Senado especialista em Direito Eleitoral, Arlindo Fernandes, explicou que o objetivo é assegurar a reeleição de nomes conhecidos, e que as coligações também impactaram nessa redução.

06/10/2018, 14h00 - ATUALIZADO EM 05/10/2018, 17h42
Duração de áudio: 02:06
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: DE OLHO NOS RECURSOS DOS FUNDOS PARTIDÁRIO E ELEITORAL, LEGENDAS INVESTEM EM CANDIDATURAS À CÂMARA DOS DEPUTADOS. LOC: PARTIDOS “GRANDES” REDUZEM O NÚMERO DE CANDIDATOS A DEPUTADO FEDERAL PELAS COLIGAÇÕES. JÁ OS “PEQUENOS” TENTAM ESCAPAR DA CLÁUSULA DE BARREIRA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Segundo a Justiça Eleitoral, aumentaram em 6,4% as candidaturas neste pleito, somando um total de 27.841. O cargo mais disputado proporcionalmente é o de deputado distrital, seguido de deputados estaduais e federais. Treze candidatos brigam pela Presidência da República, 199 pelos 27 governos estaduais e 348 por uma das 54 vagas no Senado. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que nove dos dez partidos que tiveram o melhor desempenho em 2014 reduziram o número de candidatos a deputado federal. O PSB e o PTB, por exemplo, lançaram apenas metade, em comparação com as últimas eleições. A estratégia é assegurar a reeleição dos conhecidos, de olho nos Fundos Partidário e Eleitoral e no tempo de TV, contabilizados pelo tamanho da bancada federal. Mas o consultor do Senado especialista em Direito Eleitoral Arlindo Fernandes explicou que essas legendas também abriram mão de cargos em função das coligações. (Arlindo Fernandes) Exatamente, reeleger sua bancada e organizam suas eleições proporcionais porque são esses os partidos que têm candidatos viáveis a governador, a senador e a presidente. Então, eventualmente fazem sacrifícios nas alianças para deputado para fortalecer mais as suas candidaturas majoritárias. (Repórter) Já as agremiações menores, a exemplo do PSOL e do PSL, lideram a lista de candidatos a deputado federal, para escaparem da cláusula de barreira. A nova regra exige a conquista de um milhão e meio de votos ou de nove assentos na Câmara, distribuídos em nove estados diferentes. O consultor Arlindo Fernandes lembrou que muitos partidos tiveram dificuldades para se coligar e acabaram tendo que lançar candidatos próprios. Em especial, os que querem aproveitar a campanha à Presidência da República. (Arlindo Fernandes) Então, ele necessita realmente aumentar o número de candidatos e procurar vincular esses candidatos aos candidatos majoritários que têm popularidade para tentar dobrar a votação e alcançar a cláusula de barreira. (Repórter) Somente um partido lançou mais de 500 candidatos à Câmara dos Deputados. Um outro entrou na disputa com mais de 400. Seis legendas ultrapassaram a marca de 300 registros; 14, a dos 200; 10, a dos 100, e três lançaram pouco mais de 30 nomes.

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