Parlamentares lançam frente mista em defesa da classe trabalhadora

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LOC: FOI LANÇADA NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA A FRENTE PARLAMENTAR MISTA EM DEFESA DA CLASSE TRABALHADORA. LOC: O EVENTO FOI REALIZADO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC: Os participantes do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Classe Trabalhadora querem a manutenção dos direitos trabalhistas conquistados. Eles reprovaram projetos de lei em discussão no Congresso, que vão retirar direitos trabalhistas. Os mais criticados foram o projeto que permite a terceirização para atividades fim e a medida provisória que aceita negociação entre patrão e empregado, sem observância à legislação, o chamado negociado sobre o legislado. A deputada Janete Capiberibe, do PSB do Amapá, defende a garantia dos direitos legais e constitucionais. (JANETE) “Estamos juntos contra a terceirização, somos contra a prevalência da negociação trabalhador-patrão, que aí sabemos que a corda arrebenta do lado do mais fraco”. (Iara): O vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Guilherme Feliciano, também citou projetos de lei que reduzem direitos dos trabalhadores. Entre eles, o que cria o Código de Trabalho Brasileiro e o que permite ao adolescente trabalhar em qualquer atividade a partir dos 14 anos. (FELICIANO) “Nós consideramos que direitos sociais são também direitos humanos, como são de fato. Entendemos que essa retórica que em tempo de crises se relativizem direitos trabalhistas é o mesmo que dizer que em estado de exceção relativizem-se direitos humanos”. (Iara): Apesar de não concordar com as propostas do atual governo, Gilbran Jordão, representante da Conlutas, criticou iniciativas contra os trabalhadores adotadas pela presidente afastada Dilma Rousseff. (JORDÃO) “Se hoje nós estamos na situação que estamos existem responsáveis e nós precisamos ser honestos e dizer isso para a classe trabalhadora”. (Iara): Além da perda de direitos trabalhistas, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, se preocupa com o desmembramento do Ministério da Previdência. Ele teme prejuízos aos trabalhadores. (PAIM) “Eu não sei mais onde procurar a Previdência. O que não dá é pra aceitar que uma entidade que foi construída há 80 anos e tem um dos maiores orçamentos da América Latina simplesmente, agora, virou uma secretaria do Ministério da Fazenda. O Ministério da Previdência simplesmente desaparece, como passe de mágica. Alguém me perguntou “e o Ministério da Previdência, Paim? O gato comeu, sumiu”. (Iara): Participaram do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Classe Trabalhadora deputados, senadores, representantes das centrais sindicais e do Dieese. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.