Parlamentares lançam frente contra a privatização da Eletrobras — Rádio Senado
Setor elétrico

Parlamentares lançam frente contra a privatização da Eletrobras

Parlamentares criaram uma Frente para lutar contra a privatização da Eletrobras. Senadores da oposição, como Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), afirmam que a venda de distribuidoras de energia, especialmente no Norte e Nordeste, coloca em risco o papel Estado no desenvolvimento do País. Vanessa também alerta para a possibilidade de acabarem programas como o “Luz para Todos” caso a privatização se concretize.

23/02/2018, 12h31 - ATUALIZADO EM 23/02/2018, 14h43
Duração de áudio: 02:08
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: DEPUTADOS E SENADORES CRIARAM UMA FRENTE PARLAMENTAR PARA TENTAR IMPEDIR A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS. LOC: ELES ALEGAM QUE A VENDA DE DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA COLOCA EM RISCO O PAPEL DO ESTADO E PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Um grupo de parlamentares lançou uma frente em defesa do setor elétrico brasileiro, especialmente das distribuidoras de energia. Ela é contra a privatização da Eletrobras e das distribuidoras de parte do Norte e do Nordeste. Deputados e senadores entraram com uma ação na Justiça para impedir a reunião do Conselho de Administração da Eletrobras no início de fevereiro, mas o pedido não foi atendido. Eles alegam que as distribuidoras estão sendo oferecidas a valores muito baixos e defendem um referendo popular sobre a privatização. Já o governo federal afirma que só em 2017 o sistema Eletrobras voltou a dar lucro, após 15 anos de prejuízos bilionários. O Congresso Nacional já realizou diversas audiências públicas para debater o tema, mas a senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, acha necessário discutir ainda mais o assunto. Ela afirma que, além de retirar a capacidade de planejamento do Estado, a iniciativa privada receberá a parte boa das distribuidoras, enquanto as dívidas ficarão com a sociedade. (Vanessa Grazziotin) Com a privatização, não só entregam um patrimônio público – aliás, o Estado brasileiro paga; ele não vai receber nada, ele vai pagar para entregar para a iniciativa privada –, mas tiram toda a capacidade de o Estado desenvolver políticas públicas. (Repórter) Vanessa Grazziotin também alertou para o risco de terminarem programas sociais executados com a ajuda da Eletrobras. (Vanessa Grazziotin) E não venham eles dizer que os programas sociais, como o Luz para Todos, serão mantidos. Não serão! Qual é a empresa privada que vai trabalhar para fazer programa social? Isso não existe. Essa lei o mercado não conhece; o mercado desconhece! (Repórter) Os dirigentes da Eletrobras pretendem realizar a venda de ativos em abril deste ano com a expectativa de levantar cerca de 4 bilhões de reais.

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