Parlamentares lamentam decisão do STF de adiar depoimento de Cachoeira — Rádio Senado

Parlamentares lamentam decisão do STF de adiar depoimento de Cachoeira

LOC: OS INTEGRANTES DA CPI MISTA DO CACHOEIRA LAMENTARAM A DECISÃO DO MINISTRO DO SUPREMO DE ADIAR O DEPOIMENTO DO CONTRAVENTOR PREVISTO PARA OCORRER NESTA TERÇA-FEIRA. 

LOC: MAS SENADORES AVISAM QUE VÃO TENTAR OUVIR O CONTRAVENTOR EM OUTRA REUNIÃO DA COMISSÃO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISITAN. 

(Repórter) O contraventor Carlos Ramos conseguiu na Justiça o direito de não comparecer à audiência da CPI Mista do Cachoeira. O depoimento dele estava previsto para esta terça-feira. Mas o ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, atendeu ao pedido da defesa para que a oitiva fosse adiada. Os advogados alegam que Cachoeira não poderia responder a perguntas sobre os inquéritos da Polícia Federal a que não teve acesso. Na decisão, o ministro deixou claro que o Plenário do Supremo ainda vai se manifestar sobre uma futura ida de Cachoeira à CPI e sobre o acesso dele às investigações. Apesar de não haver uma data para o veredicto, o senador Álvaro Dias do PSDB do Paraná avisou que a CPI Mista não vai desistir de ouvir Cachoeira. 

(Alvaro Dias) Vai ouvir, claro. Ele é o principal criminoso desse escândalo. Ele é o líder de uma organização criminosa e a CPI existe para investigá-lo sobretudo. É óbvio que não vamos abrir mão de ouvi-lo. Se não vamos ouvi-lo amanhã, vamos ouvi-lo logo a seguir no primeiro momento. 

(Repórter) O senador Pedro Taques do PDT de Mato Grosso lamentou a decisão do Supremo. Mas reiterou que até o depoimento de Cachoeira, os integrantes da CPI Mista vão analisar os documentos em poder da Comissão. 

(Pedro Taques) A prova testemunhal não é a melhor das provas. Agora não podemos inviabilizar o trabalho da CPI. Eu estou confiando na prova documental. Eu não concordo com essa decisão do ministro. O Cachoeira tem que vir e tem direito constitucional de ficar em silêncio. Mas o Poder Judiciário não pode impedir o trabalho do Legislativo. 

(Repórter) O presidente da CPI Mista, senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, afirmou que a reunião dessa terça-feira não será perdida. Os integrantes deverão votar os requerimentos de convocação e de quebra de sigilo. 

(Vital do Rêgo) Não altera negativamente. O relator está com o norte muito bem posicionado após o depoimento dos delegados. O depoimento do acusado é importante, mas certamente o relator já tem os planos alternativos. Imediatamente, eu transformo a sessão em uma sessão administrativa para não perder o dia. Voto os requerimentos que estão em pauta. Já tenho condições de votar requerimentos. 

(Repórter) O relator, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, minimizou a decisão do Supremo, reiterando que Cachoeira será ouvido de qualquer maneira na CPI Mista.
14/05/2012, 09h19 - ATUALIZADO EM 14/05/2012, 09h19
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