Pacientes e profissionais de saúde defendem a inclusão da laringe eletrônica na tabela do SUS — Rádio Senado
Saúde

Pacientes e profissionais de saúde defendem a inclusão da laringe eletrônica na tabela do SUS

Até o final do mês, o Brasil está mobilizado na Campanha Julho Verde, que tem como objetivo informar a população sobre o câncer de cabeça e pescoço e buscar prevenir novos casos, além de garantir o diagnóstico e o tratamento adequados. Entre outras bandeiras, pacientes e profissionais de saúde defendem a adoção da chamada laringe eletrônica na tabela do SUS. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais, o senador Dalírio Beber (PSDB-SC) sugeriu uma mobilização política para assegurar a distribuição gratuita do aparelho. O assunto está em análise na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do SUS. A reportagem é de George Cardim, da Rádio Senado.

19/07/2018, 12h44 - ATUALIZADO EM 19/07/2018, 15h11
Duração de áudio: 02:59
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Transcrição
LOC: ATÉ O FINAL DESTE MÊS, O BRASIL ESTÁ MOBILIZADO NA CAMPANHA JULHO VERDE, PARA CONSCIENTIZAR SOBRE O COMBATE AO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO. LOC: ENTRE OUTRAS BANDEIRAS, OS PACIENTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE DEFENDEM A INCLUSÃO DA CHAMADA LARINGE ELETRÔNICA NA TABELA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. O ASSUNTO ESTÁ EM ANÁLISE NO MINISTÉRIO DA SAÚDE. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Até o final deste mês, o Brasil está mobilizado na Campanha Julho Verde, que faz parte das celebrações do Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, em 27 de julho. O objetivo é informar a população sobre este tipo de câncer e buscar prevenir novos casos, além de garantir o diagnóstico e o tratamento adequados. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, cerca de 40 mil novos tumores são confirmados por ano nesta região, que inclui boca, língua, gengivas, tiroide, bochecha, esôfago, faringe e laringe. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são o cigarro, a bebida e o vírus HPV. Dados da Associação de Câncer de Boca e Garganta apontam que 10 mil pessoas morrem anualmente e os sobreviventes perdem a qualidade de vida durante e após o tratamento. Entre outras bandeiras, pacientes e profissionais de saúde defendem a adoção da chamada laringe eletrônica na tabela do SUS. O aparelho é utilizado após a remoção da laringe, no tratamento deste tipo de câncer, quando o paciente perde a fala e passa a respirar por um orifício aberto no pescoço. Melissa Medeiros, representante da Associação, explicou em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais que a voz robótica permite a comunicação e a retomada da vida social (Melissa Medeiros) “É uma voz que não tem entonação. Então quando eu quero me emocionar eu não consigo. Mas é uma voz. Uma voz que quebra o silencio” (Repórter) O senador Dalirio Beber, do PSDB de Santa Catarina, disse que o aparelho tem um custo baixo e defendeu uma mobilização política para assegurar a distribuição gratuita. (Dalirio Beber) “Nós estamos aqui para dar o apoio que for necessário ao Ministro da Saúde no sentido de fazer com que estas demandas possam ser atendidas e para minimizar principalmente na fala que é essencial à boa comunicação” (Repórter) A inclusão da laringe eletrônica no SUS está em análise na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do SUS, que concluiu neste mês uma consulta pública sobre o assunto. Com cerca de 600 participações, os familiares, pacientes e profissionais de saúde recomendaram por unanimidade a distribuição gratuita do aparelho.

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