Oposição protesta contra privatização de satélite colocado em órbita em maio — Rádio Senado
Privatização

Oposição protesta contra privatização de satélite colocado em órbita em maio

Partidos de oposição protestam contra a privatização do satélite controlado pelo estado brasileiro que entrou em órbita em maio. O satélite geoestacionário é usado para comunicações e informações militares. Dos 50 satélites que monitoram o Brasil, é o único controlado pelo governo brasileiro por meio da Telebrás. Ele começou a ser construído em 2013 e consumiu mais de R$ 2 bilhões. Alegando a falta de recursos financeiros para manter as operações do satélite, o ministério da Ciência e Tecnologia anunciou um leilão para venda de 57% dos direitos sobre o satélite para operadoras privadas O senador Jorge Viana falou sobre o assunto em Plenário e acusou o governo de estar vendendo patrimônio nacional abaixo do custo.

18/08/2017, 13h55 - ATUALIZADO EM 18/08/2017, 15h05
Duração de áudio: 02:00
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARTIDOS DE OPOSIÇÃO PROTESTAM CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SATÉLITE CONTROLADO PELO ESTADO BRASILEIRO QUE ENTROU EM ÓRBITA EM MAIO. LOC: O SENADOR JORGE VIANA FALOU SOBRE O ASSUNTO EM PLENÁRIO E ACUSOU O GOVERNO DE ESTAR VENDENDO PATRIMÔNIO NACIONAL ABAIXO DO CUSTO. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) O satélite geoestacionário fabricado pela empresa francesa Thales Alenia Space é usado para comunicações e informações militares. Foi o primeiro satélite encomendado pelo governo brasileiro a ser lançado depois da privatização da EMBRATEL. Dos 50 satélites que monitoram o Brasil, é o único controlado pelo governo brasileiro por meio da Telebrás. Ele começou a ser construído em 2013 e consumiu mais de dois bilhões de reais. Alegando a falta de recursos financeiros para manter as operações do satélite, o ministério da Ciência e Tecnologia anunciou um leilão para venda de 57% dos direitos sobre o satélite para operadoras privadas. O senador Jorge Viana, do PT do Acre, discorda das privatizações em andamento no país. (Jorge Viana) o Brasil está à venda por preço de banana, vendendo tudo, do aeroporto ao satélite, vendendo patrimônio nacional numa verdadeira irresponsabilidade. O rombo nas contas públicas (...) não vai ser entregando aeroportos, vendendo o patrimônio que vai resolver. O que resolve é responsabilidade fiscal, é cuidar do dinheiro público. (Repórter) Jorge Viana apresentou dois requerimentos na Comissão de Relações Exteriores para saber sobre os impactos na defesa nacional e possíveis prejuízos para os usuários de telecomunicações e da internet com o leilão do Satélite: (Jorge Viana) Qual é a importância estratégica de mantê-lo nacional ou de privatizá-lo? (...) Vamos fazer uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e vamos fazer um debate. (Repórter) Os requerimentos foram aprovados pela comissão de relações Exteriores e Defesa Nacional mas ainda não há data para a audiência pública. O leilão do satélite está previsto para o dia 27 de setembro.

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