Oposição e governo divergem sobre intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro — Rádio Senado
Segurança

Oposição e governo divergem sobre intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro

19/02/2018, 19h34 - ATUALIZADO EM 19/02/2018, 19h34
Duração de áudio: 01:59
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO CRITICA MEDIDAS DO DECRETO DE INTERVENÇÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO, A EXEMPLO DO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO. LOC: GOVERNISTAS ALEGAM QUE A MEDIDA É UMA DAS ÚLTIMAS CARTADAS PARA CONTER A ONDA DE VIOLÊNCIA NA CIDADE. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Ao criticar o decreto de intervenção na segurança pública, o senador Lindbergh Farias do PT do Rio de Janeiro avalia que o governo federal deveria transferir recursos para o Estado equipar as polícias. Ele acredita que a transferência do comando das forças de segurança do Rio para um general do Exército não resolverá o problema. Lindbergh Farias também condenou o mandado de busca e apreensão coletivo, que permitirá a entrada de policiais em diversas casas de um determinado bairro e não apenas em uma residência. (Lindbergh Farias) Mandado de busca e apreensão coletivo na minha visão é violência. Quero mostrar o tratamento seletivo dos territórios. Não tem venda de drogas no Leblon e em Ipanema? Tem. Duvido que eles deem mandado de busca e apreensão coletivo para entrar nas casas do Leblon e Ipanema. São só em cima dos mais pobres. O senador João Capiberibe do PSB do Amapá disse que a intervenção poderá ser um fracasso. (João Capiberibe) A integração entre as forças policiais do Estado é muito difícil. E uma integração entre essas forças com o Exército é mais difícil ainda. Mas essa integração com a polícia do Rio e a cúpula de segurança do Rio, me parece muito difícil. (Repórter) Já a senadora Ana Amélia do PP gaúcho minimizou as opiniões contrárias ao decreto. Ao admitir mudança de posição em relação à intervenção, citou que até especialistas viram a medida como a única saída. (Ana Amélia) A intervenção foi necessária porque o próprio governador do Rio de Janeiro foi quem fez a proposta ao governo. Acho que temos que dar a contribuição, um voto de confiança de que se resolva isso porque são as únicas medidas. Se isso não funcionar, o que vamos fazer? Vamos deixar o Rio de Janeiro entregue ao tráfico de drogas, aos contrabandistas? É isso que querem? (Repórter) Essa é a primeira intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro desde a promulgação da Constituição de 1988, embora o Estado tenha recebido reforço de homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública.

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