Senadores comentam cortes no Orçamento — Rádio Senado
Orçamento 2018

Senadores comentam cortes no Orçamento

A oposição reclamou dos cortes feitos no Orçamento Geral da União de 2018 (PLN 20/2017), já aprovado pelo Congresso Nacional. Em função do teto de gastos, o relator, deputado Cacá Leão (PP-BA), reduziu verbas de diversas áreas. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou a medida e lembrou que o mesmo Congresso Nacional que votou um orçamento mais restritivo aprovou isenções fiscais e perdão de dívidas. O vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), argumentou que os cortes foram necessários em função da crise.

14/12/2017, 17h02 - ATUALIZADO EM 14/12/2017, 17h59
Duração de áudio: 01:58
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária. 

Bancada:
senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE);
senador Jorge Viana (PT-AC);
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); 
senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em pronunciamento;
senador José Medeiros (PODE-MT).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO CRITICA APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO DE 2018 POR CORTES EM PROGRAMAS ESSENCIAIS. LOC: GOVERNO ALEGA QUE A REDUÇÃO DAS DESPESAS EM INVESTIMENTOS E NA ÁREA SOCIAL OCORREU EM FUNÇÃO DA CRISE ECONÔMICA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: A oposição reclamou dos cortes feitos no Orçamento Geral da União de 2018, já aprovado pelo Congresso Nacional. Em função do teto de gastos, o relator, deputado Cacá Leão do PP da Bahia, reduziu verbas de diversas áreas, a exemplo de ações emergenciais da Defesa Civil, no valor de R$ 1,2 bilhão; e do programa Minha Casa, Minha Vida, no total de R$ 1 bilhão. A senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas citou que, na última hora, o relator voltou atrás na redução de R$ 73 milhões do Fundo Nacional de Assistência Social, que atingiria o Bolsa Família. Ela lembrou que o mesmo Congresso Nacional que votou um orçamento mais restritivo aprovou isenções fiscais e perdão de dívidas. (Vanessa) Não é apenas o programa Minha Casa Minha Vida. Programas como o ProUni, o combate e enfrentamento à violência contra mulher sofreram cortes absurdos, que inviabilizam a sua execução. Enquanto isso acontece, o Senado e a Câmara seguem votando matérias que perdoam dívidas de grandes produtores e de grandes empresas. REP: O vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho do PMDB de Pernambuco, argumentou que os cortes foram necessários em função da crise. (Bezerra) Esse Orçamento mais restritivo, do ponto de vista dos investimentos, é em função de que as receitas públicas só agora começaram a dar sinais de recuperação em função da volta da atividade econômica. Então, foi muito importante toda essa política de austeridade e de contenção de gastos, embora reconheçamos que existem muitas carências na sociedade brasileira e essas carências precisam ser endereçadas. REP: Apesar dos cortes, o Orçamento de 2018 reserva R$ 1,7 bilhão para o novo Fundo Eleitoral destinado a bancar campanhas políticas diante da proibição de doações de empresas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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