Observatório da Mulher do Senado lança estudo com indicadores da violência contra as mulheres — Rádio Senado
Violência

Observatório da Mulher do Senado lança estudo com indicadores da violência contra as mulheres

A taxa de homicídios de mulheres no Brasil passou de 4,2 em 2006 para 4,6 em 2014, em cada 100 mil. As mais atingidas são as negras e pardas. E os estados mais violentos contra elas são Roraima e Goiás. Os dados foram divulgados no final de dezembro pelo Observatório da Mulher contra a Violência, órgão do Senado Federal.

Na avaliação da senadora Simone Tebet (PMDB – MS), que é presidente da Comissão Mista da Violência contra as Mulheres, os números são apenas indicativos úteis para planejamento de ações de proteção. Segundo a senadora, os estados com altos índices de violência contra a mulher não são, necessariamente os mais violentos.

09/02/2017, 11h57 - ATUALIZADO EM 09/02/2017, 14h04
Duração de áudio: 02:24
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A TAXA DE HOMICÍDIOS DE MULHERES NO BRASIL PASSOU DE 4,2 EM 2006 PARA 4,6 EM 2014, EM CADA 100 MIL. AS MAIS ATINGIDAS SÃO AS NEGRAS E PARDAS. E OS ESTADOS MAIS VIOLENTOS CONTRA ELAS SÃO RORAIMA E GOIÁS. LOC: OS DADOS FORAM DIVULGADOS PELO OBSERVATÓRIO DA MULHER CONTRA A VIOLÊNCIA, ÓRGÃO DO SENADO FEDERAL, NO FINAL DE DEZEMBRO. MAIS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC.: Os índices de violência contra a população feminina estão no estudo “Panorama da violência contra as mulheres no Brasil: indicadores nacionais e estaduais”. O documento compila e analisa dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde; da Secretaria de Políticas para Mulheres; e das Secretarias estaduais de Segurança Pública. Segundo o documento, foram quase cinco mil mulheres assassinadas em 2014 - 62% delas eram negras e pardas. Em média, a região Centro-Oeste foi a mais violenta: sete homicídios em cada 100 mil mulheres. No entanto, ao observar os estados, Roraima apresentou o maior índice em cada cem mil mulheres: nove e meio por cento. E Goiás, oito vírgula quatro por cento. Também aparecem com elevados índices os estados de Alagoas, Mato Grosso e Espírito Santo. Quanto ao número de estupros, foram mais de 50 mil em 2014. No Acre, em cada 100 mil mulheres, mais de 120 foram estupradas; Em Roraima o índice foi superior a 110; No Mato Grosso do Sul, mais de 106, e no Amapá, quase cem. Na avaliação da senadora Simone Tebet, do PMDB do Mato Grosso do Sul, que é presidente da Comissão Mista da Violência contra as Mulheres, os números são apenas indicativos úteis para planejamento de ações de proteção. Ela observou que estados com alto índices de violência contra a mulher não são, necessariamente os mais violentos. (S.TEBET) “A pergunta é: aumentou-se a violência ou as mulheres, hoje, estão tendo coragem de denunciar. Se ela, por conta de se sentir mais confortável e segura, tem denunciado mais? Perdendo, inclusive a vergonha, que é uma coisa que nós trabalhamos muito através dos meios de comunicação, que há a necessidade de se denunciar para, aí, romper esse ciclo de violência”. (Repórter): O Observatório da Mulher contra a Violência do Senado Federal foi criado por iniciativa da senadora Simone Tebet, para oferecer um diagnóstico sobre a violência doméstica no país. O estudo Panorama da violência contra as mulheres no Brasil está disponível na página do Observatório da Mulher Contra a Violência, no site do Senado Federal.

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