Nove ex-ministros de Dilma participam como senadores do processo de Impeachment — Rádio Senado

Nove ex-ministros de Dilma participam como senadores do processo de Impeachment

30/08/2016, 01h19 - ATUALIZADO EM 30/08/2016, 01h19
Duração de áudio: 02:50
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff por suposto crime de responsabilidade. 

Em discurso, senador Armando Monteiro (PTB-PE). 

Foto: Marri Nogueira/Agência Senado
Marri Nogueira

Transcrição
LOC: NOVE EX-MINISTROS DE DILMA ROUSSEFF PARTICIPAM DO JULGAMENTO DO IMPEACHMENT. LOC: DURANTE SUA DEFESA NO SENADO, ELA BUSCOU RECUPERAR A SIMPATIA DOS EX-ALIADOS QUE DEVEM VOTAR PELO AFASTAMENTO DEFINITIVO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (REP) Dos nove senadores que participaram do governo de Dilma Rousseff em algum momento dos dois mandatos, quatro declararam voto a favor do afastamento definitivo da petista: Garibaldi Alves Filho, do PMDB do Rio Grande do Norte, que foi ministro da Previdência de 2011 a 2015; Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, ministro de Minas e Energia de 2015 a abril de 2016; Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, que comandou a Cultura de 2012 a 2014; e Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, que foi ministro da Integração Nacional de 2011 a 2013. Fernando Bezerra lembrou que seu partido deixou a base governista ainda em 2013, e em 2014 disputou as eleições contra ela, primeiramente com Eduardo Campos e, depois de sua morte, com Marina Silva. Ele acredita que a presença de Dilma no Senado não vai influenciar o resultado, pois os argumentos que ela trouxe já foram debatidos nas outras fases do impeachment. (Fernando Bezerra Coelho – 20”) Eu acho que a presença dela foi importante para a defesa da trajetória dela, da biografia dela. Ocorre que a comissão especial do impeachment fez um amplo trabalho de investigação, tanto dos decretos quanto daquilo que convencionou se chamar de pedaladas fiscais, e ficou claramente caracterizada a incorrência dos crimes de responsabilidade. (Repórter) Três ex-ministros de Dilma são contrários ao impeachment. Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, que era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior até o afastamento, vota com Dilma. Kátia Abreu, do PMDB de Tocantins, que comandou a Agricultura do início do segundo mandato até o afastamento de Dilma Rousseff, em maio de 2016, abriu os questionamentos defendendo a presidente afastada no julgamento. (Kátia Abreu – 19”) O Plano Safra e suas subvenções foram criadas pelo Presidente Collor e só agora virou crime e só agora virou empréstimo. Não tenho dúvida de que este impeachment é uma conspiração que nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha e ganhou forma na ganância sem limites de um pequeno grupo pelo poder. (Repórter) Uma das estratégias da defesa foi apelar à simpatia ou à gratidão dos senadores que trabalharam ao lado de Dilma. Coube à senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, ministra da Casa Civil em todo o primeiro mandato de Dilma, citar os que hoje votam a favor do impeachment, lembrando de obras do governo federal em seus estados. (Gleisi Hoffmann – 20”) No Rio Grande do Norte, do ex-ministro Garibaldi Alves, que foi o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, a duplicação da BR-101; no Amazonas, do ex-ministro Eduardo Braga, os terminais hidroviários; em Pernambuco, do ex-ministro Fernando Bezerra, a integração do Rio São Francisco; em São Paulo, da ex-ministra Marta Suplicy, a construção do Rodoanel. Inúmeros investimentos. (Repórter) Eduardo Lopes, do PRB do Rio de Janeiro, ministro da pesca em 2014; e Edison Lobão, do PMDB do Maranhão, que comandou o ministério de Minas e Energia durante todo o primeiro mandato de Dilma; votaram pela continuidade do processo na fase de pronúncia, mas não declararam seus votos no julgamento final e são computados como indecisos. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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