Nomeações para PF e Ministério da Justiça repercutem entre os senadores — Rádio Senado
Governo

Nomeações para PF e Ministério da Justiça repercutem entre os senadores

O governo federal anunciou nesta terça-feira (28) o advogado André Luiz Mendonça, atual titular da Advocacia-Geral da União, como novo ministro da Justiça. Também foi confirmado que Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência e próximo à família Bolsonaro, vai ser o diretor-geral da Polícia Federal. As nomeações repercutiram entre os senadores governistas e da oposição. Os detalhes com o repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado.

28/04/2020, 13h58 - ATUALIZADO EM 28/04/2020, 14h06
Duração de áudio: 02:35

Transcrição
LOC: NOMEAÇÃO DE NOVOS TITULARES NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E NA POLÍCIA FEDERAL REPERCUTE ENTRE OS SENADORES LOC: ANDRÉ MENDONÇA E ALEXANDRE RAMAGEM FORAM OFICIALIZADOS NOS CARGOS NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER PEDRO PINCER: (Repórter) O governo federal anunciou o advogado André Luiz Mendonça, atual titular da Advocacia-Geral da União, como novo ministro da Justiça. Também foi confirmado que Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência e próximo à família Bolsonaro, vai ser o diretor-geral da Polícia Federal. As nomeações de Mendonça e Ramagem foram publicadas nesta terça no Diário Oficial da União, e são assinadas apenas pelo presidente Jair Bolsonaro. As vagas no Ministério da Justiça e no comando da PF ficaram abertas após a saída do ex-ministro Sergio Moro e do ex-diretor-geral Maurício Valeixo. Moro decidiu deixar o governo depois de Bolsonaro exonerar Valeixo. O ex-ministro alegou que o presidente tenta interferir politicamente na PF – o que Bolsonaro nega. Filho do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, do Republicanos, é investigado pela PF, como um dos articuladores de um esquema criminoso para espalhar fake news. Para o líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, a nomeação de Ramagem atenta contra a democracia. (Randolfe Rodrigues) O presidente da república quer transformar a Polícia Federal, que é uma instituição do Estado brasileiro, a nossa Polícia Judiciária, em uma instituição a serviço de sua família. A prova disso são as relações íntimas do novo diretor-geral com seus filhos que estão sob investigação conduzida pelo Supremo Tribunal Federal. A nomeação do diretor-geral é uma afronta ao Estado de direito e a todas as instituições democráticas. (Repórter) Já o líder do Governo no Congresso, senador Eduardo Gomes, do MDB do Tocantins, lembrou que o presidente tem autonomia para fazer as nomeações e elogiou Mendonça e Ramagem. (Eduardo Gomes) A gente espera que o doutor André faça um grande trabalho porque já conhece a máquina pública, é servidor de carreira, muito bem avaliado, tem a sensibilidade necessária e a competência para resolver os problemas do Ministério da Justiça . E também o delegado geral da Polícia Federal é um profissional de topo de carreira e que eu tenho certeza também que vai manter a autonomia, a independência e a força que a Polícia Federal precisa para fazer o seu trabalho. (Repórter) Também já está definido o novo advogado geral da União. Será o ex-procurador-geral da Fazenda Nacional, José Levi Mello.

Ao vivo
00:0000:00