Indicação de Eduardo para Embaixada nos EUA não terá prioridade na CRE — Rádio Senado
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Indicação de Eduardo para Embaixada nos EUA não terá prioridade na CRE

Se confirmada na próxima semana, a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada dos Estados Unidos não terá tratamento especial na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE). Segundo o presidente do colegiado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), serão analisadas primeiramente as mensagens de outras cinco embaixadas, já na pauta. O senador Eduardo Girão (Podemos – CE) defendeu a indicação de diplomatas de carreira para o cargo de embaixador e alertou que Eduardo Bolsonaro pode ter o nome rejeitado ao citar que o voto é secreto. Já para o senador Marcos Rogério (DEM – RO), Eduardo Bolsonaro tem condições de assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos. Marcos Rogério não há proibição legal da indicação de parentes para representações do País no exterior. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

01/08/2019, 13h56 - ATUALIZADO EM 01/08/2019, 15h03
Duração de áudio: 02:32
Will Shutter/Câmara dos Deputados

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DIZ QUE EVENTUAL INDICAÇÃO DE FILHO DE BOLSONARO PARA EMBAIXADA ENTRARÁ NA FILA DE VOTAÇÕES, SEM TRATAMENTO ESPECIAL. LOC: ALIADOS DESTACAM PREPARO DE DEPUTADO PARA O CARGO ENQUANTO OPOSICIONISTAS ALERTAM PARA POSSÍVEL DERROTA POR FALTA DE QUALIFICAÇÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Após elogios públicos de Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro anunciou para os próximos dias o envio da indicação do deputado Eduardo Bolsonaro para a embaixada dos Estados Unidos. Após lida no Plenário do Senado, a mensagem será encaminhada para a Comissão de Relações Exteriores, onde será escolhido um relator e realizada sabatina com o indicado. O presidente do colegiado, senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, antecipou que Eduardo Bolsonaro não terá tratamento diferenciado. Destacou que as indicações de cinco embaixadores, que já estão na pauta, serão apreciadas antes da nomeação do filho do presidente da República. (Trad) O rito legal da tramitação será cumprido. Não haverá benefício por ele ser o filho do presidente. Vai ter que entrar na mesma linha que os outros já entraram, ou seja, não vai passar na frente de ninguém. Vai ser tudo dentro da maior transparência e normalidade. REP: O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, defendeu a indicação de diplomatas de carreira para o cargo de embaixador e alertou que Eduardo Bolsonaro pode ter o nome rejeitado ao citar que o voto é secreto. (Girão) Devemos valorizar a carreira diplomática. A partir do momento que o presidente indica o próprio filho, isso passa uma imagem que vai contra no que a gente acredita, que é do bom senso. Que a gente não dê esse passo para trás. Pode até ser legal na lei hoje, mas que é imoral, no meu modo de entender, é algo que não é bacana para o país, não é bacana para esse momento do governo que prega novas práticas. Eu vou votar contra. REP: Já o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, disse que Eduardo Bolsonaro tem condições de assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos. E ponderou que não há proibição legal da indicação de parentes para representações do País no exterior. (M.Rogério) Há uma histeria muito grande e desnecessária. Eu, se eu fosse presidente da República, não indicaria o filho para uma Embaixada para preservá-lo desses ataques todos, dessas críticas todas. Agora o Eduardo é um deputado federal que está no seu segundo mandato, é alguém que conhece os Estados Unidos, tem vivência nos Estados Unidos, tem relação pessoal com o presidente americano, com a família dele. Acho que se essa é a escolha do Presidente da República, há que ser respeitada, é uma escolha discricionária dele. REP: Independentemente do resultado da votação na Comissão de Relações Exteriores, a eventual indicação de Eduardo Bolsonaro terá que ser apreciada pelo Plenário do Senado, que dará a palavra final.

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