CDH vai acompanhar o combate ao trabalho escravo em 2018 — Rádio Senado
Trabalho

CDH vai acompanhar o combate ao trabalho escravo em 2018

28 de janeiro é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. No Senado existem diversas iniciativas tratando de políticas de erradicação da prática. A PEC 14/2017, do senador licenciado Antonio Carlos Valadares (SE), torna crime imprescritível submeter uma pessoa a condição análoga à escravidão. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) analisou, em 2017, as políticas públicas para erradicação do trabalho escravo. O relatório do senador Paulo Rocha (PT-Pará) concluiu que o governo Temer promoveu “um retrocesso histórico” no combate à prática. A CDH aprovou a recomendação de que, em 2018, as políticas de combate ao trabalho escravo continuem sendo acompanhadas.

16/01/2018, 17h35 - ATUALIZADO EM 16/01/2018, 17h53
Duração de áudio: 02:26
Marcello Casal Jr./ ABr

Transcrição
LOC: 28 DE JANEIRO É O DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO, QUE SERÁ LEMBRADO DURANTE TODA A PRÓXIMA SEMANA. LOC: NO SENADO EXISTEM DIVERSAS INICIATIVAS TRATANDO DE POLÍTICAS DE ERRADICAÇÃO DA PRÁTICA, COMO INFORMA A REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TÉC: A última lista suja divulgada pelo Ministério Público traz 131 empregadores flagrados com trabalhadores em condições análogas à escravidão. Até outubro de 2017, Minas Gerais liderava o ranking com 42 empresas e mais de mil pessoas resgatadas; seguido pelo Pará com 16 empresas e Mato Grosso com 10. Os setores com maior incidência são: agricultura, com quase um terço das ocorrências; criação de animais; construção e madereiras. Em outubro do ano passado, foi publicada uma portaria pelo Ministério do Trabalho alterando as regras para a fiscalização e o próprio conceito de trabalho escravo. Diante da repercussão negativa, o Governo recuou e editou uma nova portaria seguindo os padrões internacionais que definem trabalho forçado, jornada exaustiva e condição degradante de trabalho. Em 2017, a Comissão de Direitos Humanos analisou as políticas públicas para erradicação do trabalho escravo. O relatório do senador Paulo Rocha, do PT do Pará, concluiu que o governo brasileiro promoveu “um retrocesso histórico” no combate à prática. (P Rocha) “O ano de 2017 foi eivado de retrocesso, dado aquelas portarias do Governo Temer, tentando flexibilizar uma legislação que nós já tínhamos aprovado e com a dureza que se exigia para coibir esse tipo de coisa no nosso país. Tenta derrubar a lista suja, o problema da fiscalização mais dura.” (REP) A comissão aprovou a recomendação de que, em 2018, as políticas de combate ao trabalho escravo continuem sendo acompanhadas. Paulo Rocha explicou que a CDH seria uma espécie de ouvidoria sobre o assunto. (P Rocha) “Funcionaria como uma ouvidoria para ficar acompanhando par e passo a atuação do Ministério do Trabalho que é quem tem que exigir o cumprimento da lei, com a fiscalização, com o chamado grupo móvel para que a gente continue combatendo essa vergonha ainda tem no nosso país.” (REP) Já a Comissão de Constituição e Justiça vai analisar uma Proposta de Emenda à Constituição que torna imprescritível a submissão de pessoas a condições similares ao trabalho escravo. Dessa forma, o crime não perderá o prazo de julgamento. Da Rádio Senado, Marcella Cunha VOCÊ PODE DENUNCIAR, DE FORMA ANÔNIMA, UMA SITUAÇÃO DE TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO PELO SITE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO: WWW.MPT.GOV.BR; PESSOALMENTE NAS PROCURADORIAS REGIONAIS DO TRABALHO OU POR TELEFONE, PELO NÚMERO 158.

Ao vivo
00:0000:00