Ministro reforça apoio do Brasil a plano de paz dos EUA para Oriente Médio — Rádio Senado
Comissões

Ministro reforça apoio do Brasil a plano de paz dos EUA para Oriente Médio

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi à Comissão de Relações Exteriores (CRE) nesta quinta-feira (5) comentar a nota emitida pelo Itamaraty em apoio ao plano norte-americano de solução para o conflito entre Israel e Palestina. O chanceler afirmou não se tratar de um alinhamento à política externa de Donald Trump, mas um apoio à uma base de negociação realista. Para o senador Esperidião Amin (PP-SC), ao se manifestar, o Brasil perdeu a oportunidade de atuar como mediador. A reportagem é de Marcella Cunha

05/03/2020, 15h27 - ATUALIZADO EM 05/03/2020, 15h58
Duração de áudio: 01:57
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES ELOGIOU O PLANO DE PAZ PARA ISRAEL E PALESTINA, MAS NEGOU SE TRATAR DE UM ALINHAMENTO À POLÍTICA EXTERNA DOS ESTADOS UNIDOS. LOC: O CHANCELER ERNESTO ARAÚJO ESTEVE NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES PARA PRESTAR ESCLARECIMENTOS SOBRE A NOTA EMITIDA PELO ITAMARATY. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, comentou a nota emitida pelo Itamaraty sobre o acordo ‘Paz para a Prosperidade’, apresentado em janeiro pelo presidente norte americano Donald Trump como solução para o conflito entre israelenses e palestinos. O convite partiu do senador Esperidão Amin, do PP de Santa Catarina, que criticou a ausência de representantes palestinos no lançamento do documento. Amin lamentou que, ao se manifestar, o Brasil perdeu a oportunidade de contribuir na mediação do conflito. (Amin) Em uma cena em que quero promover o acordo e um dos dois não está presente, eu não sou mediador, eu tenho lado, um lado explicito. Nós estamos perdendo um ativo internacionalmente reconhecido que é a capacidade e a importância do Brasil para ser mediador. Esse é o principal prejuízo. (REP) Ernesto Araújo reafirmou que o plano se trata de um importante passo para uma solução justa e duradoura do conflito. Para o chanceler, o documento trouxe avanços em áreas chaves como a segurança para Israel e a intenção dos palestinos de um Estado próprio. O ministro afirmou que não se trata de um produto final, mas uma base realista para mudar uma situação que não interessa a nenhuma das partes. (Ernesto) Não vejo nossa posição como um alinhamento com uma posição de um país ou do outro, vejo como um apoio a um plano de paz como uma base de negociação. Explicitamente destinado a criar a paz, claro que se pode discutir é um bom plano ou não é um bom plano, mas a intenção e por isso que nós consideramos positivo, é a paz. (REP) O ministro falou, ainda, sobre as perspectivas da política externa brasileira, como a atração de investimentos produtivos para a Amazônia, e os atuais governos da Venezuela, Bolívia e Argentina.

Ao vivo
00:0000:00