Mudança do local da embaixada dos Estados Unidos em Israel pode acirrar conflitos, apontam senadores — Rádio Senado
Internacional

Mudança do local da embaixada dos Estados Unidos em Israel pode acirrar conflitos, apontam senadores

Senadores repercutiram o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mudar a sede da Embaixada Norte-americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), senador Fernando Collor (PTC–AL), trata-se de uma medida que pode gerar conflitos na região. Segundo o coordenador do Grupo Parlamentar Brasil-Marrocos, senador Cristovam Buarque (PPS–DF), o presidente dos Estados Unidos busca, com essa decisão, se fortalecer entre seus apoiadores mais radicais.

08/12/2017, 20h06 - ATUALIZADO EM 11/12/2017, 11h15
Duração de áudio: 02:06
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza reunião para instalação e eleição do presidente e vice para o biênio 2017/2018.

(E/D):
senador Cristovam Buarque (PPS-DF);
senador Fernando Collor (PTC-AL);
senador Armando Monteiro (PTB-PE); 
senador Pedro Chaves (PSC-MS);
senadora Ana Amélia (PP-RS).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES REPERCUTIRAM O ANÚNCIO DO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS, DONALD TRUMP, DE MUDAR A SEDE DA EMBAIXADA AMERICANA EM ISRAEL DE TEL AVIV PARA JERUSALÉM. LOC: PARA O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÃO EXTERIORES DO SENADO, SENADOR FERNANDO COLLOR, TRATA-SE DE UMA MEDIDA QUE PODE GERAR CONFLITOS NA REGIÃO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mudança da sede da embaixada norte-americana em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém foi criticado por senadores da Comissão de Relações Exteriores. Quase todos os países mantêm suas embaixadas em Tel Aviv para evitar o aumento de conflitos entre Israel e os árabes sobre o status da cidade de Jerusalém, como argumentou o presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor de Mello, do PTC: (COLLOR) Eu pergunto qual outro país tem embaixada em Jerusalém? Nenhum. Todos os países que têm representação diplomática em Israel, tem sua sede, sua embaixada em Tel Aviv. Os Estados Unidos resolveram inovar. (REP) Nabil Adghoghi, embaixador do Marrocos, país que faz parte do comitê para a Organização para a Cooperação Islâmica disse que a decisão de Trump precisa ser debatida por todas as nações para que haja uma solução pacífica: (NABIL) Expressar a preocupação do Marrocos e da comunidade muçulmana diante dessa decisão infeliz. Precisamos chegar a uma solução política e definitiva e mutualmente, que preserve o direito do polo palestino de chegar a ter um estado soberano com Jerusalém. (REP) O coordenador do grupo parlamentar Brasil-Marrocos, senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, afirmou que o presidente dos Estados Unidos busca, com essa decisão, se fortalecer entre seus apoiadores mais radicais: (CRISTOVAM) E vai incentivar os radicais a se rebelarem. No fundo, os radicais se apoiam mutuamente. Trump e os radicais do outro lado, um depende do outro, um insufla o outro. Trumnp insuflou o terrorismo. E ao insuflar o terrorismo, ele se fortalece. (REP) Em 1967, após a Guerra dos Seis Dias, a parte Oriental de Jerusalém foi conquistada pelos israelenses e os palestinos perderam aquela que seria sua capital. Essa situação é um dos entraves na busca pela paz no Oriente Médio. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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