MDB e PT querem adiar votação de projetos polêmicos para o segundo semestre — Rádio Senado
Política

MDB e PT querem adiar votação de projetos polêmicos para o segundo semestre

A líder do MDB, senadora Simone Tebet (MS), apresentará uma lista de projetos polêmicos já aprovados pela Câmara e que devem ser votados pelo Senado somente no segundo semestre. Ela citou o caso do distrato de imóveis (PLC 68/2018), uma proposta aprovada pelos deputados que contempla as construtoras ao estipular em 50% a multa quando o comprador do imóvel na planta desistir do negócio. Ao antecipar voto contrário à permissão para a Petrobrás vender 70% das áreas do pré-sal (PL 8939/2017), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que os deputados têm aprovado projetos que prejudicam a população.

28/06/2018, 13h27 - ATUALIZADO EM 28/06/2018, 14h30
Duração de áudio: 02:01
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: BANCADA DO MDB FARÁ LISTA DE PROJETOS POLÊMICOS JÁ APROVADOS PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS QUE DEVERÃO FICAR PARA O SEGUNDO SEMESTRE. LOC: SENADORES DO PT ANTECIPARAM VOTOS CONTRÁRIOS À VENDA DE ÁREAS DO PRÉ-SAL E À DEVOLUÇÃO DE 50% DO VALOR DE IMÓVEIS COMPRADOS NA PLANTA E DEVOLVIDOS ÀS CONSTRUTORAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Após ouvir toda a bancada, a líder do MDB, senadora Simone Tebet, de Mato Grosso do Sul, vai apresentar uma lista com projetos polêmicos já aprovados pela Câmara dos Deputados e que devem ser votados pelo Senado somente no segundo semestre. Diversos integrantes do partido querem a discussão e a votação das propostas nas comissões do Senado antes de irem ao Plenário. Simone Tebet argumentou que os senadores estão votando a toque de caixa projetos polêmicos enviados pela Câmara. Ela citou o caso do distrato de imóveis, uma proposta aprovada pelos deputados que contempla as construtoras ao estipular em 50% a multa quando o comprador do imóvel na planta desistir do negócio. (Simone Tebet) O Senado não pode ter essa pressa diante de um projeto que pode impactar negativamente pais de família, que, muitas vezes, não têm outro imóvel e estavam contando com aquele, que precisam do retorno do dinheiro na integralidade, ou quase na integralidade, para fazer um novo financiamento ou comprar algum outro imóvel. Então, são projetos como esses, que mexem com a sociedade ou, às vezes, com arrecadação, com o orçamento, que vai faltar depois para saúde para educação, que têm que ser trabalhado de agora até outubro com tranquilidade. (Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, também reclamou da pressão a que o Senado é submetido para votar rapidamente projetos polêmicos. Ela antecipou voto contra a permissão para a Petrobrás vender 70% das áreas do pré-sal. (Gleisi Hoffmann) Basta ver o escândalo que foi a Câmara dos Deputados aprovar a venda das reservas de petróleo do pré-sal da Petrobras para as petrolíferas estrangeiras. Isso é um escândalo, um crime de lesa-pátria. Os deputados têm o que na cabeça? Não leem o projeto? Votam no oba-oba? Deveríamos fazer interdição deles. Espero que esse Senado não repita essa situação aqui vexatória. O PT vai se posicionar contra a votação desses projetos que são contra os interesses nacionais. (Repórter) Outro projeto considerado polêmico já aprovado pela Câmara e que está no Senado é o que amplia a potência de transmissão das rádios comunitárias. PLC 68/2018- Distrato PL 8939/2017 – Pré-sal – ainda na Câmara PLS 513/2017

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