Manifestações de 2013 completam cinco anos neste mês — Rádio Senado
Manifestações

Manifestações de 2013 completam cinco anos neste mês

As manifestações de 2013 contra o aumento de tarifas no transporte em São Paulo completam cinco anos neste mês. O senador Cristovam Buarque (PPS – DF) avalia que a população ainda está insatisfeita e que o protesto, agora virtual, pode voltar às ruas. Cristovam considera que apenas o Judiciário atendeu às demandas, e que a Operação Lava Jato é um produto concreto da indignação contra a corrupção. Mas defende que a classe política faça o mesmo, pois as manifestações ainda existem.

15/06/2018, 12h25 - ATUALIZADO EM 15/06/2018, 13h15
Duração de áudio: 01:54
ebc.com.br

Transcrição
LOC: AS MANIFESTAÇÕES DE 2013 COMPLETAM CINCO ANOS NESTE MÊS. LOC: O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE AVALIA QUE A POPULAÇÃO AINDA ESTÁ INSATISFEITA E QUE O PROTESTO, AGORA VIRTUAL, PODE VOLTAR ÀS RUAS. SOB A SUPERVISÃO DE ROBERTO FRAGOSO, REPÓRTER EDSON GOMES. (Repórter) Em junho de 2013, manifestações contra o aumento de tarifas no transporte em São Paulo detonaram protestos por todo o País. Se somaram queixas contra serviços públicos de má qualidade, corrupção e gastos feitos para a Copa de 2014. As principais respostas foram o programa Mais Médicos, o fim do voto secreto nos processos de cassação de parlamentares, a lei da delação premiada e a lei anticorrupção para empresas. Outras reivindicações, como reforma política, investimentos em transporte, saúde, educação e segurança, foram implementadas apenas em parte. Passados cinco anos, o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, avalia que a sociedade não foi atendida, e que o clima da eleição, em vez de ser de renovação, é de desânimo. (Cristovam Buarque) Dessa vez a sensação é que as pessoas não vão votar levando para a urna a esperança deles, vão votar levando para urna raiva que eles estão do momento que vivem hoje – que é parecido, embora não esteja na rua – daquele de 5 anos atrás. O povo continua inconformado e insatisfeito. Nós nos assustamos, mas não aprendemos. (Repórter) Cristovam considera que apenas o Judiciário atendeu às demandas, e que a operação lava-jato é um produto concreto da indignação contra a corrupção. Mas defende que a classe política faça o mesmo, pois as manifestações ainda existem. (Cristovam Buarque) Aquela manifestação de certa maneira continua na rede social, na internet, de uma maneira virtual. Isso ir para rua eu acho muito possível. Mas não dá para prever quando. A não ser que façamos o dever de casa. E começamos a mostrar ao povo que é preciso, sim, responsabilidade fiscal, mas é preciso ter prioridades. (Repórter) Algumas das reivindicações dos protestos de junho de 2013, como tornar corrupção crime hediondo e o fim do foro privilegiado, foram aprovadas pelo Senado, mas não avançaram na Câmara dos Deputados.

Ao vivo
00:0000:00