Lixões continuam a crescer, e senadores querem fundo para financiar aterros
A quantidade de resíduos sólidos enviados para lixões aumentou pelo segundo ano consecutivo. É o que diz levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Mas vários projetos de lei em discussão no senado (PLS 243/ 2017, PLS 328/2017, PLS 207/2012, PLS 95/2018 e PLC 169/2017) podem mudar essa situação. O senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, lembrou que não existem fronteiras para o meio ambiente e que é dever de todos lutar pelo futuro do planeta.
Transcrição
LOC: A QUANTIDADE DE RESÍDUOS SÓLIDOS ENVIADOS PARA LIXÕES AUMENTOU PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO, SEGUNDO LEVANTAMENTO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA.
LOC: MAS VÁRIOS PROJETOS DE LEI EM DISCUSSÃO NO SENADO PODEM MUDAR ESSA SITUAÇÃO. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO.
TÉC: A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais diz que 12,9 milhões de toneladas de resíduos urbanos foram enviadas no ano passado para lixões, sem qualquer tipo de preparo – um aumento de 4,2 por cento em relação a 2016. Isso representa cerca de 18% do lixo produzido no País. Mas vários projetos em discussão no Senado pretendem mudar essa realidade, seja destinando recursos para o trato de resíduos ou diminuindo o lixo produzido. As comissões de Assuntos Sociais e de Meio Ambiente, por exemplo, já aprovaram iniciativa que cria um fundo para financiar aterros sanitários. Os recursos virão do orçamento e de doações, e o fundo deve repassar para as prefeituras, a fundo perdido, até 70% do valor dos projetos. A proposta depende de votação agora na Comissão de Assuntos Econômicos para ser enviada à Câmara dos Deputados. O senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, lembrou em discurso por ocasião dos 25 anos da Rio 92 que não existem fronteiras para o meio ambiente e que é dever de todos lutar pelo futuro do planeta.
(Fernando Collor) A preservação ambiental não admite barreiras, não admite muros que possam salvar um país em detrimento de outro. Não há como isolar a poluição, circunscrever os seus danos ou criar campânulas particulares. Ao contrário, temos apenas uma redoma que encobre todo o Planeta, que é a redoma da camada de ozônio, que, progressivamente, está sendo destruída pela cegueira, pela irresponsabilidade e pela estupidez humana.
(Repórter) Os senadores também analisam projeto que obriga fabricantes de produtos industrializados a utilizar apenas plásticos biodegradáveis como matéria-prima, proposta para acabar com o descarte em locais públicos, projeto que obriga os municípios com população superior a 300 mil habitantes a instalar e manter pelo menos uma usina de tratamento de resíduos sólidos urbanos e a criação do Programa Nacional de Aproveitamento de Resíduos Sólidos. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.