Lei Maria da Penha completa 13 anos com conquistas, mas dados oficias ainda são alarmantes
A Lei Maria da Penha completa 13 anos em agosto com conquistas no combate à violência contra a mulher, mas os dados oficias ainda são alarmantes. Somente no ano passado, 4.254 mulheres foram assassinadas no país, número que segue a média anual de 4 mil mortes da última década.
Transcrição
LOC: A LEI MARIA DA PENHA, QUE COMPLETA 13 ANOS EM AGOSTO, JÁ FOI MODIFICADA AGUMAS VEZES PARA TENTAR PROTEGER AS MULHERES DA VIOLÊNCIA.
LOC: ENTRE OS DESTAQUES ESTÃO O AUMENTO DA PENA PARA ESTUPRO, A CRIMINALIZAÇÃO DA INVASÃO DE PRIVACIDADE, A PROIBIÇÃO DE POSSE DE ARMA DE FOGO PARA AGRESSORES E PRIORIDADE ÀS VÍTIMAS NA REALIZAÇÃO DE PERÍCIAS. SAIBA MAIS NA REPORTAGEM DE RAQUEL TEIXEIRA.
TÉC: As estatísticas oficiais revelam dados pouco otimistas. Somente no ano passado, 4.254 mulheres foram assassinadas no país, seguindo a média da última década de 4 mil feminicídios por ano. Para o senador Weverton, do PDT do Maranhão, ainda há muito trabalho pela frente.
(WEVERTON) Essa sociedade nossa precisa mais do que nunca abrir os olhos, porque a cada hora, a cada dia as estatísticas deixam todo mundo alarmado, pois há muita violência, não só urbana, mas também rural, com mulheres morrendo, famílias sendo desfeitas. A gente precisa de verdade que a política, o Congresso Nacional, todos façam a sua parte. Rep: Já o senador Rodrigo Pacheco, do Democratas de Minas Gerais, avalia que é preciso uma conscientização da sociedade como um todo para enfrentar o problema da violência contra a mulher.
(RODRIGO) Eu estou alarmado com a situação que nós estamos vivendo de crimes cometidos contra as mulheres, especialmente crimes violentos, e não tenhamos a ilusão de achar que isso se dará como solução só apenas no campo da mudança legislativa; é preciso haver uma conscientização de Poder Judiciário, de Ministério Público, de Defensoria Pública, de forças policiais, de Poder Executivo.
Rep: A lei 11.340 de 2006 foi chamada de Lei Maria da Penha em homenagem à farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de violência doméstica praticada pelo marido. Ela ficou paraplégica, mas conseguiu a condenação do agressor na justiça. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.