Lei Maria da Penha completa 13 anos com conquistas, mas dados oficias ainda são alarmantes — Rádio Senado
Combate à Violência contra Mulher

Lei Maria da Penha completa 13 anos com conquistas, mas dados oficias ainda são alarmantes

A Lei Maria da Penha completa 13 anos em agosto com conquistas no combate à violência contra a mulher, mas os dados oficias ainda são alarmantes. Somente no ano passado, 4.254 mulheres foram assassinadas no país, número que segue a média anual de 4 mil mortes da última década.

01/08/2019, 18h01 - ATUALIZADO EM 01/08/2019, 18h01
Duração de áudio: 01:39
No Brasil, a população feminina ultrapassou 103 milhões de mulheres em 2014. Uma em cada cinco, considera já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido” (Fundação Perseu Abramo, 2010).
 
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues / Agência Senado

Transcrição
LOC: A LEI MARIA DA PENHA, QUE COMPLETA 13 ANOS EM AGOSTO, JÁ FOI MODIFICADA AGUMAS VEZES PARA TENTAR PROTEGER AS MULHERES DA VIOLÊNCIA. LOC: ENTRE OS DESTAQUES ESTÃO O AUMENTO DA PENA PARA ESTUPRO, A CRIMINALIZAÇÃO DA INVASÃO DE PRIVACIDADE, A PROIBIÇÃO DE POSSE DE ARMA DE FOGO PARA AGRESSORES E PRIORIDADE ÀS VÍTIMAS NA REALIZAÇÃO DE PERÍCIAS. SAIBA MAIS NA REPORTAGEM DE RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: As estatísticas oficiais revelam dados pouco otimistas. Somente no ano passado, 4.254 mulheres foram assassinadas no país, seguindo a média da última década de 4 mil feminicídios por ano. Para o senador Weverton, do PDT do Maranhão, ainda há muito trabalho pela frente. (WEVERTON) Essa sociedade nossa precisa mais do que nunca abrir os olhos, porque a cada hora, a cada dia as estatísticas deixam todo mundo alarmado, pois há muita violência, não só urbana, mas também rural, com mulheres morrendo, famílias sendo desfeitas. A gente precisa de verdade que a política, o Congresso Nacional, todos façam a sua parte. Rep: Já o senador Rodrigo Pacheco, do Democratas de Minas Gerais, avalia que é preciso uma conscientização da sociedade como um todo para enfrentar o problema da violência contra a mulher. (RODRIGO) Eu estou alarmado com a situação que nós estamos vivendo de crimes cometidos contra as mulheres, especialmente crimes violentos, e não tenhamos a ilusão de achar que isso se dará como solução só apenas no campo da mudança legislativa; é preciso haver uma conscientização de Poder Judiciário, de Ministério Público, de Defensoria Pública, de forças policiais, de Poder Executivo. Rep: A lei 11.340 de 2006 foi chamada de Lei Maria da Penha em homenagem à farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de violência doméstica praticada pelo marido. Ela ficou paraplégica, mas conseguiu a condenação do agressor na justiça. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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