Investigados na Operação Zelotes comparecem à reunião da CPI do Carf — Rádio Senado

Investigados na Operação Zelotes comparecem à reunião da CPI do Carf

LOC: TRÊS INVESTIGADOS NA OPERAÇÃO ZELOTES DA POLÍCIA FEDERAL COMPARECERAM À REUNIÃO DA CPI DO CARF NESTA QUINTA-FEIRA. ENTRE ELES, O EX-CONSELHEIRO DO CARF, LEONARDO MANZAN, QUE AFIRMOU ESTAR SENDO CONFUNDIDO COM OUTRA PESSOA NA OPERAÇÃO DA PF. 

LOC: JÁ CONSELHEIRO PAULO CORTEZ, PROTEGIDO POR UMA LIMINAR, SE MANTEVE CALADO DURANTE A REUNIÃO. REPÓRTER PAULA GROBA.  

TÉC: Com o argumento de ter sido confundido com outro Leonardo pela Polícia Federal, o investigado na Operação Zelotes Leonardo Manzan declarou à CPI do Carf que a quantia que guardava em casa, apreendida pelos policiais, foi recebida por honorários advocatícios. 

(LEONARDO) Esse dinheiro está declarado e com imposto pago, eu me dispus, inclusive, a trazer. 

(REPÓRTER) Manzan é genro do ex-secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e um dos ex-conselheiros do Carf. Segundo a Polícia Federal, a quantia apreendida na casa dele chega a quase um milhão e meio de reais. O senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, questionou o advogado sobre o fato de se guardar uma quantia tão alta em casa e afirmou que vai solicitar a quebra de sigilo fiscal dele. Para o senador José Pimentel, do PT do Ceará, as declarações do ex-conselheiro Leonardo Manzan demonstram que a CPI ainda tem muito a investigar. 

(PIMENTEL) Foi apreendido na sua casa em espécie, 1 milhão 460 mil reais e o autor dizia que não sabia qual era o montante de dinheiro estava guardado no seu cofre e nem teve tempo de contar. Portanto, tem muito o que fazer. 

(REPÓRTER) Já o ex-conselheiro, Nelson Malmann, que atuou em seis mandatos no Carf por 19 anos, afirmou que o órgão sempre funcionou normalmente, mas declarou que ajudou a elaborar um documento, entregue à Coordenação geral de investigação da Receita Federal, com denúncias sobre irregularidades em alguns processos do Carf. 

(VANESSA E MALMANN) Há de fato houve, conselheiros atuando e praticando advocacia administrativa no Carf? É possível sim. O senhor está disposto a colaborar conosco nesse caso? Se for uma coisa técnica sim. 

(REPÓRTER) Malmann afirmou que desconhece o dossiê enviado anonimamente à Polícia Federal em 2014 sobre irregularidades no órgão. Já o ex-conselheiro Paulo Cortez, utilizando uma liminar do Supremo Tribunal Federal que lhe garantia o direito de se manter calado, não respondeu às perguntas dos senadores.
18/06/2015, 01h48 - ATUALIZADO EM 18/06/2015, 01h48
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