Governo Federal libera importação do feijão de três países do Mercosul — Rádio Senado
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Governo Federal libera importação do feijão de três países do Mercosul

23/06/2016, 13h35 - ATUALIZADO EM 23/06/2016, 13h35
Duração de áudio: 02:15
Ascom/CIDASC

Transcrição
LOC: PARA BAIXAR O PREÇO DO FEIJÃO, O GOVERNO FEDERAL LIBEROU A IMPORTAÇÃO DO PRODUTO DE TRÊS PAÍSES DO MERCOSUL: ARGENTINA, PARAGUAI E BOLÍVIA. LOC: E O MINISTRO DA AGRICULTURA NÃO DESCARTA FAZER O MESMO PARA FREAR A ALTA EXCESSIVA DO MILHO. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: TEC: Feijão com arroz, baião de dois, feijão tropeiro, feijoada. Pratos típicos do Brasil que estão mais caros por conta do disparo nos preços da leguminosa. Segundo o IBGE, a alta acumulada nos últimos 12 meses foi de 41,62%, no caso do feijão-carioca; e 48,79%, no feijão-mulatinho. A razão foi a perda na safra por causa do clima: muita chuva e muita seca nas épocas de plantio e colheita. E, quando a oferta é menor, o preço vai às alturas. Nas redes sociais, os internautas usaram o humor para lidar com o prejuízo: postaram fotos de sacos de feijão como item de luxo e criaram até uma hashtag pedindo que o presidente interino, Michel Temer, baixasse o preço do produto. O governo federal liberou a importação do feijão da Argentina, do Paraguai e da Bolívia; e estuda a possibilidade de zerar a alíquota para a vinda do produto de outros países, como a China e o México. O ministro da Agricultura e senador licenciado, Blairo Maggi, disse, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, que a política de desoneração de importações poderá ser aplicada, também, para regular o mercado do milho: (MAGGI) Se o milho subir muito de preço, a exemplo do que fizemos com o feijão, agora, nós também vamos liberar a importação, para que o milho fique na paridade internacional. O que nós não podemos deixar é que o mercado fique especulativo, que levou, agora, o milho a quase 60 reais o saco. (REP) Por outro lado, Blairo Maggi afirmou que defende o estabelecimento do preço mínimo de 18 reais a saca do milho, como garantia ao agricultor. O desafio é equilibrar os interesses, porque o preço alto do grão é bom para quem planta, mas ruim para setores como a suinocultura e a avicultura, que compram o milho para alimentar suas criações; e para o consumidor final dessas carnes. Na opinião do senador Aciz Gurgacz, do PDT de Rondônia, é essencial que o Ministério da Agricultura aja com rapidez: (GURGACZ) Com o feijão, foi uma coisa rápida: abriu a exportação, vamos regular o mercado e assim também deve acontecer com o milho. (REP) Segundo o Ministério da Agricultura, a desoneração nas importações, no caso do feijão, deverá valer por um período de 90 dias.

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