Governo estima déficit de 2020 em 11,3% do PIB — Rádio Senado
Comissão Covid-19

Governo estima déficit de 2020 em 11,3% do PIB

A comissão destinada a analisar os gastos do governo com o enfrentamento da covid-19 recebeu nesta quinta-feira (30) o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior. Ele afirmou que a expectativa para 2020 é de um déficit primário de 11,3% do PIB. O número equivalente a R$ 812 bilhões, o maior da série histórica. Waldery defendeu a retomada da agenda de reformas e a senadora Eliziane Gama (CIDADANIA-MA) questionou a baixa execução orçamentária do governo. Mais informações na reportagem de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

30/07/2020, 14h45 - ATUALIZADO EM 30/07/2020, 16h11
Duração de áudio: 02:24
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Transcrição
LOC: A ESTIMATIVA DO GOVERNO PARA O DÉFICIT DE 2020 MELHOROU DE 12 PARA 11,3% DO PIB. LOC: FOI O QUE AFIRMOU O SECRETÁRIO ESPECIAL DE FAZENDA À COMISSÃO MISTA QUE ANALISA OS GASTOS DO GOVERNO COM A PANDEMIA DE COVID-19. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA (Repórter) A comissão que acompanha os gastos do governo com a covid-19 ouviu o secretário especial de Fazenda, Waldery Júnior. Ele afirmou que o governo espera um déficit primário de 11,3% do PIB para este ano, o que equivale a 812 bilhões de reais. O valor é o maior da série histórica. Em junho, essa previsão era de 12%. Segundo Waldery, o país deve fechar o ano com uma dívida bruta de 94,7% do PIB. O secretário defendeu que para retomar a trajetória de redução da dívida pública é necessário dar continuidade à agenda de reformas. ( Waldery Júnior) Imprescindível seguir com a reforma tributária, um parte dela já foi enviada ao congresso, exatamente do IVA Federal, o novo marco legal do trabalho, a discussão do pacto federativo, o fast track em privatizações e concessões. Os marcos legais de infraestrutura como um todo, petróleo, gás, cabotagem, o marco legal do saneamento, de extrema importância, a lei de falências, de recuperação judicial. (Repórter) A senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, destacou a baixa execução orçamentária do governo. Segundo o TCU, o Ministério da Saúde gastou menos de um terço da verba emergencial destinada para o combate do vírus, como lembrou Eliziane. (Eliziane Gama) Mesmo nós tendo aprovado e mudado toda a legislação orçamentária, flexibilizando para fazer o direcionamento de investimentos nesta área. Quais as motivações e os critérios que o ministério está utilizando para que haja a definição das dotações orçamentária e a transferência de fundo a fundo desses recursos na área da saúde para os municípios brasileiros. (Repórter) O secretário especial de Fazenda também apresentou dados dos gastos com o enfrentamento ao novo coronavírus que já chegam a 526 bilhões de reais. A maior despesa do governo foi com o pagamento do auxílio emergencial, que totalizou 254 bilhões de reais. A segunda maior despesa foi o auxílio de 60 bilhões de reais pago pela União a estados e municípios e a terceira, o benefício emergencial da manutenção do emprego e renda, com 51 bilhões de reais.

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