Governo e oposição divergem sobre impactos do Orçamento 2018 na economia do país — Rádio Senado
Orçamento

Governo e oposição divergem sobre impactos do Orçamento 2018 na economia do país

O projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2018, de autoria do Poder Executivo (PLN 20/2017), conta com um déficit de R$ 129 bilhões, que deverá ser ampliado para R$ 159 bilhões, já que a votação da mudança da meta fiscal será concluída na próxima terça-feira (5). Para o ano que vem, o governo trabalha com um crescimento da economia de 2%, inflação de 4,2%, juros básicos de 8% e salário mínimo de R$ 969, R$ 10 a menos do que a estimativa inicial da equipe econômica.

O Orçamento de 2018 apresenta um corte de R$ 18 bilhões nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento e gastos limitados a R$ 1,3 trilhão. A proposta será analisada pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) e depois pelo Plenário do Congresso Nacional.

O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que, apesar de enxuto, o orçamento é realista. Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) considerou o Orçamento de 2018 muito ruim para a economia.

31/08/2017, 20h55 - ATUALIZADO EM 31/08/2017, 22h24
Duração de áudio: 02:01
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: LÍDER DO GOVERNO MINIMIZA NÚMEROS DO ORÇAMENTO DE 2018 COMO O ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS QUE DEVERÁ SER AMPLIADO NOVAMENTE. LOC: OPOSIÇÃO DIZ QUE O PROJETO REPRESENTARÁ UMA PIORA NA ECONOMIA PELOS POUCOS INVESTIMENTOS E PELO TETO DE GASTOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O Orçamento Geral da União de 2018, que já chegou ao Congresso Nacional, tem um déficit de R$ 129 bilhões, que deverá ser ampliado para R$ 159 bilhões. O rombo real não consta do projeto porque não foi concluída a votação da mudança da meta fiscal, o que ocorrerá na próxima terça-feira. Para o ano que vem, o governo trabalha com um crescimento da economia de 2%, com uma inflação de 4,2%, com juros básicos de 8% e com um salário mínimo de R$ 969, R$ 10 a menos do que a estimativa inicial da equipe econômica. O Orçamento do ano que vem tem um corte de R$ 18 bilhões nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento e gastos limitados a R$ 1,3 trilhões. A senadora Gleisi Hoffmann do PT do Paraná considerou o Orçamento de 2018 muito ruim para a economia. (Gleisi Hoffmann) Quando tiraram a Dilma disseram que era para melhorar as finanças públicas e equilibrar o Orçamento. Eles estão fazendo muito pior, estão levando o Orçamento para um buraco. Não têm projeto para recuperar a economia, estão acabando com investimentos e estão cortando em cima de programas que atendem aos mais pobres. É lamentável, o País vai entrar numa situação de piora fiscal cada vez pior e vai continuar a recessão. (Repórter) O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, disse que apesar de enxuto, o Orçamento de 2018 é realista. Segundo ele, com o teto de gastos, caberá ao Congresso Nacional decidir a destinação dos recursos públicos. (Romero Jucá) Vamos ter um Orçamento apertado porque com o teto de gastos, teremos a limitação de despesas. Teremos que começar a discutir que tipo de despesa deve ser mantida e que tipo de despesa deverá ser retirada do Orçamento, exatamente, porque com o teto de gastos, vamos ter que gastar melhor e vamos ter que qualificar as despesas. (Repórter) O Orçamento de 2018 será analisado pela Comissão Mista de Orçamento para então ser votado pelo Plenário do Congresso Nacional. Número da Proposição: PLN 20/2017

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