Governo e oposição divergem sobre contingenciamento proposto pelo governo Temer — Rádio Senado
Economia

Governo e oposição divergem sobre contingenciamento proposto pelo governo Temer

O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB – RR) defende que o Congresso Nacional discuta o contingenciamento feito pela equipe econômica no valor de quase R$ 6 bilhões (seis bilhões de reais). Já a oposição diz que os novos cortes no Orçamento impedirão a retomada do crescimento e deverão piorar o atendimento no serviço público.

31/07/2017, 13h47 - ATUALIZADO EM 31/07/2017, 15h05
Duração de áudio: 02:02
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O LÍDER DO GOVERNO DEFENDE QUE O CONGRESSO NACIONAL DISCUTA O CONTINGENCIAMENTO FEITO PELA EQUIPE ECONÔMICA NO VALOR DE QUASE SEIS BILHÕES DE REAIS. LOC: E A OPOSIÇÃO DIZ QUE OS NOVOS CORTES NO ORÇAMENTO IMPEDIRÃO A RETOMADA DO CRESCIMENTO E DEVERÃO PIORAR O ATENDIMENTO NO SERVIÇO PÚBLICO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) De olho na queda da arrecadação, a equipe econômica decidiu contingenciar R$ 5,9 bilhões do Orçamento deste ano. O Legislativo e o Judiciário deverão economizar outros R$ 75 milhões. Segundo o Ministério do Planejamento, o Programa de Aceleração do Crescimento será o mais afetado, que deixará de contar com R$ 5,2 bilhões. No início do ano, a equipe econômica já havia cortado R$ 42 bilhões. As emendas parlamentares, que são recursos destinados por deputados e senadores para obras ou projetos em seus estados, também sofreram com o contingenciamento num total de R$ 640 milhões. Embora defenda a medida, o líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, disse que o Congresso Nacional deverá discutir os cortes para evitar a paralisia do País. (Romero Jucá) A situação também de fazer contingenciamento a mais é algo que estrangula a máquina pública. Claro que emergencialmente, a saída era essa. Mas em agosto, vamos ter que discutir essa matéria com muita profundidade porque o governo não pode ficar paralisado. O governo tem que prestar serviço de qualidade para a população. Temos que encontrar uma saída para fazer essa equação. (Repórter) O líder do PT, senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, criticou a política econômica ao afirmar que os cortes, que passam pela demissão do funcionalismo, poderão resultar na suspensão de vários serviços públicos. ( Lindbergh Farias) Eles estão pensando apenas em enxugar a máquina para tentar reduzir um pouquinho de gastos e não estão medindo as consequências disso para o serviço público, a qualidade do serviço público. Na minha avaliação, é um ajuste burro, pouco inteligente. (Repórter) O governo contava com R$ 2,1 bilhões em precatórios, R$ 1 bilhão da Lotex e de leilões de aeroportos e R$ 13 bilhões da repatriação de bens de brasileiros no exterior. Mas essa receita não entrou nos cofres públicos.

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