Governo deve aumentar impostos para evitar que Brasil seja rebaixado por outras agências de risco — Rádio Senado
Economia

Governo deve aumentar impostos para evitar que Brasil seja rebaixado por outras agências de risco

11/09/2015, 19h22 - ATUALIZADO EM 11/09/2015, 19h22
Duração de áudio: 01:52
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O GOVERNO DEVE MESMO AUMENTAR OU CRIAR IMPOSTOS PARA IMPEDIR QUE O BRASIL SEJA REBAIXADO POR OUTRAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS DE RISCO. LOC: A OPOSIÇÃO PROMETE DERRUBAR QUALQUER TENTATIVA DO PALÁCIO DO PLANALTO DE TRANSFERIR A CONTA PARA O CONTRIBUINTE. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O líder do governo, senador Delcídio do Amaral do PT de Mato Grosso do Sul, admitiu que já está pronta a estratégia do Palácio do Planalto para aprovar o aumento ou a criação de impostos. Segundo ele, a equipe econômica deverá anunciar nos próximos dias um novo corte na estrutura administrativa no valor de R$ 30 bilhões para zerar o rombo no Orçamento de 2016. Mas para assegurar outros R$ 40 bilhões referentes ao superávit primário, o governo não descarta elevar a carga tributária. Segundo Delcídio, a discussão é sobre o percentual e quais impostos ou contribuições serão aumentados com o cuidado de não impactarem sobre a inflação. Ele revelou que outra decisão é o caráter transitório de um ou dois anos do tributo novo, que pode ser a CPMF. (Delcídio do Amaral) E depois se a conta não fechar, avaliar receitas adicionais, que vamos ter que trabalhar com o Congresso. Algumas que o próprio governo pode implantar e outras que podem ser aprovadas aqui pelo Congresso. Mas com um tempo determinado, com um tiro curto para as demais ações começarem a representar o que esperamos dentro do Orçamento da União. (Repórter) O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima da Paraíba, declarou que a população não pode pagar uma conta provocada por erros do governo. (Cássio Cunha Lima) O Congresso não vai autorizar o aumento de impostos enquanto não tiver ação clara do governo de diminuição de gastos, de redução da estrutura, de compromisso firme de fim da corrupção. O ambiente no Congresso não é nada favorável a impor essa conta para o contribuinte. (Repórter) Entre os cortes previstos está a extinção de 10 Ministérios. Em relação à carga tributária, uma das possibilidades é a taxação sobre o Sistema S, Sesi, Senai, Sesc, que arrecadou no ano passado R$ 31 bilhões.

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