Gabrielli explica compra e diz que Pasadena era estratégica àquela época — Rádio Senado

Gabrielli explica compra e diz que Pasadena era estratégica àquela época

Em depoimento à CPI da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que presidia a empresa à época em que a Petrobras comprou a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, disse há pouco que em uma empresa do porte da Petrobras, ninguém toma decisões individuais. As ações, segundo ele, são fruto de um conjunto de decisões, a curto e longo prazo, visando o planejamento estratégico. 

A CPI investiga denúncia de irregularidades e má gestão na Petrobras, tomando como base a compra da refinaria de Pasadena, durante a gestão de Gabrielli. O ex-presidente da empresa começou seu depoimento, explicando que o negócio de petróleo tem características especiais que o diferencia de outros empreendimentos. Ele citou como exemplo o fato de o tempo de se encontrar o petróleo e construir uma refinaria leva, em média, sete anos, enquanto o preço do óleo varia a cada minuto. Por isso, segundo ele, o planejamento estratégico, quando se toma decisões sobre a realidade atual antecipando o que acontecerá no futuro, é essencial.

Gabrielli afirmou que uma empresa como a Petrobras trabalha com cerca de 700 projetos ao mesmo tempo, em diferentes fases de maturação, e que o Conselho de Administração é responsável por tomar decisões estratégicas e não avaliar cada contrato. As decisões operacionais, como explicou o ex-presidente da Petrobras, ficam a cargo da diretoria executiva que, por sua vez, se baseia nas decisões das 450 gerências ligadas a ela. As decisões mais operacionais ficam a cargo da diretoria executiva, em reuniões semanais, e que também não tem condições de analisar cada um dos projetos.

Ainda segundo Gabrielli, no final da década de 90 e início do ano 2000, a Bacia de Campos tinha um potencial grande de produção, mas não tinha perspectiva de crescer refino no Brasil. Por isso, a decisão de adquirir refinarias na Bolívia, na Argentina, e de procurar refinarias nos Estados Unidos e no Japão. Ou seja: ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, definiu-se que o plano estratégico da empresa era procurar refino no exterior.

Confira a íntegra do debate em http://goo.gl/OBjyLK

20/05/2014, 11h48 - ATUALIZADO EM 20/05/2014, 11h48
Duração de áudio: 15:39
Ao vivo
00:0000:00