Funk pode ser reconhecido oficialmente como manifestação cultural popular — Rádio Senado
Cultura

Funk pode ser reconhecido oficialmente como manifestação cultural popular

A proposta (PLC 81/2018) já aprovada pela Câmara dos Deputados reconhece oficialmente o funk como manifestação cultural popular e digna do cuidado e proteção do poder público. O relator na Comissão de Educação no Senado, Humberto Costa (PT-PE), lembrou que o movimento musical e cultural nascido nos Estados Unidos chegou ao Brasil na década de 70 e ganhou um ritmo próprio. Ele lamentou que o funk carioca seja representado nos meios de comunicação de forma preconceituosa.

15/03/2019, 13h19 - ATUALIZADO EM 15/03/2019, 16h38
Duração de áudio: 02:07
Maria Buzanovsky/mapadecultura.rj.gov.br

Transcrição
LOC: O FUNK PODE SER RECONHECIDO OFICIALMENTE COMO MANIFESTAÇÃO CULTURAL POPULAR. LOC: É O QUE ESTABELECE UM PROJETO QUE ESTÁ EM ANÁLISE NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO. A REPORTAGEM É DE GEORGE CARDIM. (Repórter) A proposta já aprovada pela Câmara dos Deputados reconhece oficialmente o funk como manifestação cultural popular e digna do cuidado e proteção do poder público. O relator do projeto na Comissão de Educação no Senado, Humberto Costa, do PT de Pernambuco, lembrou que o movimento musical e cultural nascido nos Estados Unidos chegou ao Brasil na década de 1970 e ganhou um ritmo próprio. (Repórter) “Os bailes, que passaram a ser realizados também nos subúrbios, tinham seguidores fiéis, e chegavam a reunir em uma só noite cerca de cinco mil dançarinos. No Brasil, ao longo das décadas, o funk evoluiu em sua sonoridade, letras e coreografias, e hoje possui uma identidade muito clara, conhecida funk carioca” (Repórter) Costa lamentou que, apesar do sucesso, o Funk carioca, que anima os bailes desde o final dos anos 80, ainda seja representado nos meios de comunicação de forma preconceituosa, associando o ritmo ao tráfico, à promiscuidade, à violência e à criminalidade. (Humberto Costa) “Trata-se de tentativas de desvalorização por parte de segmentos da sociedade que discriminam manifestações culturais de classes menos abonadas, sobretudo as ligadas à cultura negra, da mesma forma como ocorreu, no início do século passado, com o samba, a capoeira e o maxixe (Repórter) Além de classificar o funk como manifestação cultural, o projeto estabelece que os artistas de funk são agentes da cultura popular e terão seus direitos respeitados e assegurados. Para isso, o Poder Público deve garantir a livre realização de atividades e manifestações próprias, como festas e bailes, e buscar democratizar a produção e veiculação musical do funk.

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