Fake News também rondaram o dia das eleições — Rádio Senado
Eleições 2018

Fake News também rondaram o dia das eleições

As notícias falsas, também conhecidas como Fake News estiveram durante toda a campanha eleitoral presentes nas redes sociais. No dia da eleição não foi diferente. Os tribunais regionais, em pelo menos quatro estados, tiveram de verificar e desmentir informações repassadas pelas redes. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber comentou o desafio que é combater esse problema. Ouça mais detalhes no áudio da repórter da Rádio Senado, Paula Groba.

07/10/2018, 20h31 - ATUALIZADO EM 07/10/2018, 20h45
Duração de áudio: 02:11
Manipulação de dados e notícias falsas põem internet em xeque

A legislação brasileira avançou bastante com o Marco Civil da Internet (Lei 12.965, de 2014 ), que prevê punição para a divulgação de notícias falsas.

No Brasil, os crimes cometidos na internet são puníveis de acordo com leis que modificaram o Código Penal. É o caso da Lei 12.737, de 2012, em que invadir dispositivo com o fim de obter, adulterar ou destruir dados é um delito que pode levar a detenção de três meses a um ano e multa.

Em 6 de dezembro, a Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, discutiu o projeto do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que propõe “a suspensão do funcionamento ou o bloqueio de acesso de aplicação de internet que incentive ou promova a prática de crime” (PLS 169/2017).

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS NOTICIAS FALSAS, TAMBÉM CONHECIDAS COMO FAKE NEWS ESTIVERAM DURANTE TODA A CAMPANHA ELEITORAL PRESENTES NAS REDES SOCIAIS. LOC: NO DIA DA ELEIÇÃO NÃO FOI DIFERENTE. OS TRIBUNAIS REGIONAIS EM PELO MENOS QUATRO ESTADOS TIVERAM DE VERIFICAR E DESMENTIR INFORMAÇÕES REPASSADAS PELAS REDES. A PRESIDENTE DO TSE, ROSA WEBER COMENTOU O DESAFIO QUE É COMBATER ESSE PROBLEMA. DETALHES COM A REPORTER PAULA GROBA. Téc: O domingo de votações foi marcado por muita mobilização nas redes sociais, e também por um tema que rondou todo o período eleitoral: as fake News. Logo no início da tarde o Tribunal Regional de Minas Gerais teve de desmentir um vídeo que circulou na internet de um eleitor que teria filmado a urna de votação e no momento que ele pressionava a tecla numerou um, já aparecia o candidato à presidência de República pelo PT, Fernando Haddad. Segundo o TRE, o vídeo não mostra o teclado da urna em que a pessoa digita o restante do voto. Além disso, não existe a possibilidade de a urna eletrônica auto completar o voto do eleitor e isso pode ser comprovado pela auditoria de votação paralela. Em entrevista coletiva durante a tarde de domingo, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, disse que o TSE ainda está aprendendo a lidar com as fake News, ao falar que o problema não acontece exclusivamente no Brasil. (ROSA) Num primeiro momento aprendendo a lidar com fake News. Porque o fenômeno não é de fácil compreensão, não é de fácil intervenção e não é problema brasileiro. Mas o TSE está atento. (REP) Outro caso de fake news foi confirmado no Distrito Federal. Em um vídeo, dois policiais militares fazem denúncias de fraudes em uma das urnas do DF. Segundo o porta-voz do TRE do DF, Fernando Velloso, as informações repassadas pelos dois policiais não são verdadeiras e os dois agentes serão responsabilizados por compartilharem informações falsas. (FERNANDO) Má informação, um equívoco e que infelizmente os policiais acabaram viralizando um vídeo de forma equivocada. Foram dados encaminhamentos para a Procuradoria de Polícia Militar e para a Polícia Federal. (REP) Questionada sobre uma eventual anulação das eleições neste ano, caso fique comprovado que o resultado foi influenciado pela disseminação de notícias falsas, a ministra Rosa Weber disse que diante de ocorrências concretas e comprovadas que o TSE avaliará o que pode ser feito. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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