Presidente do Senado defende que reformas fiquem para o próximo governo — Rádio Senado
Previdência

Presidente do Senado defende que reformas fiquem para o próximo governo

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, não acredita que a Reforma da Previdência será votada ainda neste ano. Ele avalia que mudanças que impactam na vida da população devem ser propostas pelo novo presidente da República, que as submeterá ao Congresso Nacional. A senadora Ana Amélia (PP-RS) pondera que os atuais senadores e deputados não teriam legitimidade para aprovar mudanças polêmicas.

27/10/2018, 10h00 - ATUALIZADO EM 26/10/2018, 17h38
Duração de áudio: 01:54
Marcos Brandão/Senado Federal

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO AVALIA QUE VOTAÇÕES POLÊMICAS, COMO A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, FICARÃO PARA O PRÓXIMO GOVERNO. LOC: SENADORA DESTACA QUE ALTO ÍNDICE DE RENOVAÇÃO DO SENADO E DA CÂMARA DOS DEPUTADOS “DESCREDENCIA” O ATUAL CONGRESSO NACIONAL A APROVAR TAIS MUDANÇAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O segundo turno das eleições, que inclui a escolha do presidente da República e de catorze governadores, poderá reduzir o ritmo de votações no Congresso Nacional nas próximas duas semanas. Mas o presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse que convocará sessões neste período. Na avaliação dele, no entanto, a Reforma da Previdência, que está pronta para ser discutida pelo Plenário da Câmara, não deverá ser votada neste ano. Segundo Eunício Oliveira, as Reformas deverão ficar para o próximo governo. (Eunício Oliveira) As reformas de maior profundidade têm que ser feitas pelo próximo presidente. Não é que esse Congresso não tenha legitimidade para fazer. Ele pode fazer. Mas quem deve fazer essas reformas deve ser o próximo presidente. Ele é que vai governar o país por 4 anos. Então, fazer reformas agora, não sei se será adequado nesse momento. É preciso ter um pouco de calma e aguardar o dia 28, quando vamos saber quem vai ser o presidente. E a partir do dia seguinte, você pode discutir reformas, discutir matérias. (Repórter) A senadora Ana Amélia do PP do Rio Grande do Sul ponderou que a Câmara e o Senado tiveram uma renovação considerável de quase 50% de seus integrantes. Para ela, o atual Congresso não teria legitimidade para votar uma reforma iniciada pelo governo atual. (Ana Amélia) Não acredito que a Reforma da Previdência, por exemplo, possa ser decidida agora. Não há clima para isso. Até porque os deputados e senadores, que disputaram a reeleição e não se reelegeram, estão me tirando o time de campo. Esse é o primeiro ponto. Segundo, eu acho que a Reforma da Previdência tem tantos componentes polemizados e que impactam na sociedade que ela precisa da legitimidade desse Congresso que veio renovado. (Repórter) De qualquer maneira, nenhuma Proposta de Emenda à Constituição poderá ser votada até o final do ano devido à intervenção federal no Rio de Janeiro.

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