Especialistas mostram que situação da mobilidade urbana no Brasil tem solução — Rádio Senado
Audiência pública

Especialistas mostram que situação da mobilidade urbana no Brasil tem solução

Durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), especialistas mostraram que a situação da mobilidade urbana no Brasil tem solução. Mas é preciso estímulo ao uso do trem e de outras alternativas de transporte, como a bicicleta. A pesquisadora da UnB sobre mobilidade urbana, Maria Rosa Ravelli, citou o exemplo da renovação das tecnologias ferroviárias que tem sido utilizadas em outros países com sucesso, além da mudança no modelo de concessões de transporte público. O membro da Uso Metrô, Associação dos Usuários do Metrô do Distrito Federal, José Amaral também citou o investimento em linhas de trem para resolver o problema. O senador Paulo Paim (PT – RS) ressaltou a importância de os eleitores estarem atentos aos candidatos que apresentam propostas para melhorar a situação do transporte público no País.

27/06/2018, 12h57 - ATUALIZADO EM 27/06/2018, 13h24
Duração de áudio: 02:36
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS, ESPECIALISTAS MOSTRARAM QUE A SITUAÇÃO DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL TEM SOLUÇÃO. LOC: MAS É PRECISO ESTÍMULO AO USO DO TREM E DE OUTRAS ALTERNATIVAS DE TRANSPORTE, COMO A BICICLETA. MAIS DETALHES NA REPORTAGEM DE PAULA GROBA. (Repórter) Para a pesquisadora da UnB Maria Rosa Ravelli, a atual situação da mobilidade no País promove uma verdadeira segregação social, pois apenas as classes mais baixas utilizam o transporte público. Mas segundo ela, experiências já testadas em outros países mostram que é possível transformar essa realidade. Ela citou o exemplo da renovação da malha ferroviária e a mudança no modelo de concessões de transporte coletivo. (Maria Rosa) Modelos como na França, na Itália, em Portugal, o operador recebe pela operação da linha a linha não é dele ele recebe pela operação. Ele não tem que se preocupar com a tarifa, caixa, isso é questão do Estado. Ele tem só que cumprir os requisitos de qualidade que tem no contrato com a qualidade do ônibus a limpeza do ônibus a pontualidade e a frequência. (Repórter) Maria Rosa ainda citou a utilização bilhete único sem limite na França, como exemplo de estímulo ao transporte público. Membro da Uso Metrô, Associação dos usuários do Metrô do Distrito Federal, José Oliveira Amaral também citou o investimento em linhas de trem para resolver o problema da mobilidade urbana na capital. (José Oliveira Amaral) Isso vai mudar a cultura do brasiliense de usar o carro, mas é dado a ele condições satisfatórias já houve projetos fazendo a área de Valparaíso entorno se integrar através de trem, mas está lá parado, quer dizer: decisão política. (Repórter) O presidente da União dos Ciclistas do Brasil, André Soares, mostrou que apesar do grande número de bicicletas compradas por brasileiros, a quantidade de pessoas que as utilizam como meio de transporte ainda é baixa. (André Soares) Apesar de praticamente metade das famílias brasileiras têm numa bicicleta, apenas 4.1 por cento em média de deslocamento de bicicletas são realizados Brasil. Então porque que tem tanta bicicleta tão pouca gente usa? a resposta que óbvia é pelo privilégio concedido ao carro nas políticas brasileiras federais, estaduais e municipais, durante toda a história do Brasil. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, ressaltou a importância de os eleitores estarem atentos aos candidatos que apresentam propostas para melhorar a situação do transporte público no País. (Paulo Paim) Que as pessoas olhem em 2018 quais são os candidatos que tem compromisso com essa questão da mobilidade urbana e nesse caso específico a questão da importância da bicicleta como instrumento de vida. (Repórter) Entre os projetos que o Senado analisa está o que exige que o governo federal invista pelo menos 5% da arrecadação da Cide na infraestrutura dos transportes coletivos ou não motorizados. PLS 11/2013

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