Especialistas divergem sobre papel da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares — Rádio Senado
Audiência pública

Especialistas divergem sobre papel da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

O papel da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares dividiu a opinião dos participantes de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Alguns criticaram a constitucionalidade da criação da empresa, enquanto outros reconheceram a melhoria no atendimento dos hospitais universitários. O senador Paulo Paim (PT – RS), vai examinar todas as propostas apresentadas para buscar consenso.

23/11/2017, 13h49 - ATUALIZADO EM 23/11/2017, 13h59
Duração de áudio: 02:00
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove audiência interativa para discutir o tema: "Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) - Uma ofensa a autonomia universitária e à formação acadêmica dos profissionais das áreas da saúde".

Mesa:
professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representante da Frente Nacional contra a Privatização, Maria de Fátima Silansky Andreazzi;
presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Jorge Sale Darze;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
reitor e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Emmanuel Zagury Rourinho;
presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Kleber de Melo Morais;
diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (SESU/MEC), Mauro Luiz Rabelo.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PAPEL DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES DIVIDIU A OPINIÃO DOS PARTICIPANTES DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. LOC: ALGUNS CRITICARAM A CONSTITUCIONALIDADE DA CRIAÇÃO DA EMPRESA, ENQUANTO OUTROS RECONHECERAM A MELHORIA NO ATENDIMENTO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) A audiência pública na Comissão de Direitos Humanos discutiu a autonomia das universidades com a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Na avaliação do representante do Ministério da Educação, Mauro Rabelo, a centralização da gestão trouxe estabilidade aos hospitais universitários. (Mauro Rabelo) “A visão da maioria dos gestores que estão à frente das nossas universidades é de que este modelo é melhor do que aquele que a gente tinha, separadamente, com cada um correndo, com seu desespero, atrás do recurso”. (Repórter) Mas o médico e professor da Universidade Federal Fluminense, Wladimir Soares, defendeu a extinção da empresa. Para ele, a Ebserh não realiza uma gestão eficaz. (Wladimir Soares) “Se querem conhecer o que é a Ebserh, conversem com os servidores públicos estatutários, com os estudantes e com a população. Não se aprende o que é o nazismo, conversando com nazista, não se aprende o que é a escravidão conversando com o senhor de escravo”. (Repórter) O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze, informou que ação no Supremo Tribunal Federal contesta a constitucionalidade da empresea por interferir na autonomia das universidades. E disse que hospitais que não aderiram à gestão não recebem recursos. (Jorge Darze) “Estão sofrendo uma tortura na sua sobrevivência, estão morrendo à míngua”. (Repórter) O presidente da Ebserh, Kleber Morais, rechaçou essa afirmação. (Ebserh, Kleber Morais) “Todos recebem o mesmo percentual de recursos, em função de uma matriz, e podemos revê-la, que eventualmente ela está antiga”. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, vai examinar todas as propostas apresentadas para buscar consenso. (Paulo Paim) “Ver o que é possível construir em matéria de acordo. Se nós construirmos um acordo aqui, é um gol de placa”. (Repórter) A audiência contou também com a presença de representantes do TCU e de universidades.

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