Especialistas divergem sobre papel da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
O papel da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares dividiu a opinião dos participantes de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Alguns criticaram a constitucionalidade da criação da empresa, enquanto outros reconheceram a melhoria no atendimento dos hospitais universitários. O senador Paulo Paim (PT – RS), vai examinar todas as propostas apresentadas para buscar consenso.
Transcrição
LOC: O PAPEL DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES DIVIDIU A OPINIÃO DOS PARTICIPANTES DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS.
LOC: ALGUNS CRITICARAM A CONSTITUCIONALIDADE DA CRIAÇÃO DA EMPRESA, ENQUANTO OUTROS RECONHECERAM A MELHORIA NO ATENDIMENTO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES:
(Repórter) A audiência pública na Comissão de Direitos Humanos discutiu a autonomia das universidades com a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Na avaliação do representante do Ministério da Educação, Mauro Rabelo, a centralização da gestão trouxe estabilidade aos hospitais universitários.
(Mauro Rabelo) “A visão da maioria dos gestores que estão à frente das nossas universidades é de que este modelo é melhor do que aquele que a gente tinha, separadamente, com cada um correndo, com seu desespero, atrás do recurso”.
(Repórter) Mas o médico e professor da Universidade Federal Fluminense, Wladimir Soares, defendeu a extinção da empresa. Para ele, a Ebserh não realiza uma gestão eficaz.
(Wladimir Soares) “Se querem conhecer o que é a Ebserh, conversem com os servidores públicos estatutários, com os estudantes e com a população. Não se aprende o que é o nazismo, conversando com nazista, não se aprende o que é a escravidão conversando com o senhor de escravo”.
(Repórter) O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze, informou que ação no Supremo Tribunal Federal contesta a constitucionalidade da empresea por interferir na autonomia das universidades. E disse que hospitais que não aderiram à gestão não recebem recursos.
(Jorge Darze) “Estão sofrendo uma tortura na sua sobrevivência, estão morrendo à míngua”.
(Repórter) O presidente da Ebserh, Kleber Morais, rechaçou essa afirmação.
(Ebserh, Kleber Morais) “Todos recebem o mesmo percentual de recursos, em função de uma matriz, e podemos revê-la, que eventualmente ela está antiga”.
(Repórter) O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, vai examinar todas as propostas apresentadas para buscar consenso.
(Paulo Paim) “Ver o que é possível construir em matéria de acordo. Se nós construirmos um acordo aqui, é um gol de placa”.
(Repórter) A audiência contou também com a presença de representantes do TCU e de universidades.