Especialistas defendem aprovação das “Novas Medidas Contra a Corrupção” — Rádio Senado
Na CCJ

Especialistas defendem aprovação das “Novas Medidas Contra a Corrupção”

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu que o Congresso priorize a análise das chamadas “Novas Medidas Contra a Corrupção”, documento que reúne 70 propostas, entre elas, a criminalização do Caixa 2 e a regulamentação do lobby no Brasil. O documento foi entregue ao senador pelos participantes de debate na Comissão Constituição e Justiça. Para Randolfe, não se pode partidarizar o combate à corrupção e nem atrelá-lo à ideia de ruptura com a democracia.

04/12/2018, 14h36 - ATUALIZADO EM 04/12/2018, 15h54
Duração de áudio: 02:18
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública interativa para celebrar o Dia Internacional de Combate à Corrupção. 

Mesa (E/D): 
sócio fundador e diretor da SmartGov, Daniel Lança; 
coordenador do "Programa Brasil" da organização não-governamental Transparência Internacional, Bruno Brandão; 
presidente em exercício da CCJ, senadora Ana Amélia (PP-RS); 
pesquisadora na área de políticas públicas e legislação de enfrentamento da corrupção, Isabel Cristina Veloso de Oliveira; 
secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU), Cláudia Taya.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O COMBATE À CORRUPÇÃO SÓ É POSSÍVEL COM O FORTALECIMENTO DA INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS. A OPINIÃO É DE ESPECIALISTAS QUE PARTICIPARAM DE DEBATE SOBRE O DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO, 9 DE DEZEMBRO. LOC: ELES PEDEM APOIO PARLAMENTAR PARA AS CHAMADAS “NOVAS MEDIDAS CONTRA A CORRUPÇÃO” QUE INCLUEM A CRIMINALIZAÇÃO DO CAIXA DOIS E A REGULAMENTAÇÃO DO LOBBY. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ. (Repórter) Em 2017, o Brasil caiu da posição 79 para a de número 96 no ranking que mede o Índice a Percepção da Corrupção, calculado pela organização Transparência Internacional. A queda é um alerta para a necessidade de reforço e ampliação das ações anticorrupção no país. Na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em debate sobre o 9 de dezembro, Dia Mundial de Combate à Corrupção, o diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, frisou que essas ações só prosperam em países onde há instituições democráticas fortes: (Bruno Brandão) Todos os 10 países com menores índices de percepção da corrupção são democracias bem consolidadas. Governos abertos com espaço para a sociedade civil, espaço para uma imprensa livre e atuante, então, essa é a receita bem sucedida de combate à corrupção no mundo. (Repórter) A Transparência Internacional integra o movimento da sociedade civil que elaborou o pacote intitulado “Novas Medidas Contra a Corrupção”. São 70 propostas divididas em 12 blocos temáticos que tratam, por exemplo, da regulamentação do lobby, da criminalização do Caixa 2 e do ressarcimento de dinheiro público desviado. A pesquisadora Isabel Veloso, da Fundação Getúlio Vargas, que ajudou na elaboração do documento, espera que as medidas sejam encaradas como prioridade pelo novo Congresso: (Isabel Veloso) Dentre as pessoas que apoiaram nós temos 12 senadores eleitos e 34 deputados eleitos e certamente esse apoio vai crescer com outros parlamentares que vão aderir a essa agenda. (Repórter) O senador Randolfe Rodrigues, do Rede Sustentabilidade do Amapá, autor do pedido de debate na CCJ, defendeu a análise das “Novas Medidas Contra a Corrupção” e disse que é preciso não partidarizar o combate à corrupção, nem atrelá-lo à ideia de ruptura com a democracia: (Randolfe) A corrupção, lamentavelmente, está na estrutura da formação do estado brasileiro. Eu acho que este é o grande desafio de fazer a referência ao 9 de dezembro como o Dia de Combate à Corrupção. Não é mérito nem demérito de um governo ou de um período. (Repórter) As 70 “Novas Medidas Contra a Corrupção” podem ser acessadas pelo site unidoscontraacorrupção.org.br.

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