Especialistas avaliam que Brasil acerta ao aprovar leis para acolhimento ao imigrante e não fechar fronteiras

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LOC: O BRASIL ACERTA EM APROVAR LEIS PARA ACOLHER OS IMIGRANTES E NÃO FECHAR FRONTEIRAS. LOC: A OPINIÃO É DO REPRESENTANTE DA ONU QUE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ. (Repórter) Em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado, o chefe da missão da Organização Internacional para as Migrações da ONU, Stéphane Rostiaux, elogiou as ações de acolhida aos imigrantes venezuelanos que fogem da crise em seu país de origem. O Brasil já tinha recebido haitianos após o terremoto de 2010 além de refugiados sírios e de outras nacionalidades. Para o representante da ONU, o País se destaca no cenário internacional ao aprovar leis de acolhida, como a Medida Provisória 820 e a Nova Lei de Migração, em vez de fechar suas fronteiras: (Stéphane Rostiaux) É sempre melhor tentar gerir essa situação das migrações que tentar fechar fronteiras ou tomar um posicionamento que seja anti-imigrante e que não vai ajudar a resolver as situações. (Repórter) O debate foi pedido pelo senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que também reforçou a necessidade do respeito aos Direitos Humanos do migrante: (Paulo Paim) Esse é um assunto que tem que ser debatido e resolvido na linha dos Direitos Humanos. Para que ninguém seja tratado de forma truculenta, desrespeitosa, ou simplesmente barrado, jogado num caminhão ou ônibus, obrigando o retorno sem que haja uma solução. (Repórter) De acordo com dados das Nações Unidas, existem hoje no mundo 258 milhões de imigrantes internacionais e 760 milhões de migrantes internos, ou seja, pessoas que saem de suas casas e se deslocam dentro de seu próprio país, motivadas pela violência, perseguições e outras crises.