Especialistas afirmam que a crise na segurança pública tem efeitos negativos na economia — Rádio Senado
Segurança

Especialistas afirmam que a crise na segurança pública tem efeitos negativos na economia

Especialistas afirmam aos integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que a crise na segurança pública tem efeitos negativos na economia. O senador Armando Monteiro (PTB-PE) mostrou dados da Confederação Nacional da Indústria que apontam em 6% por cento do PIB o custo da violência para a economia do país. São gastos com segurança, pagamento de seguros, sistema prisional e com as mortes por homicídio. O assunto foi tema de uma audiência pública da CAE nesta terça-feira (4/12). A reportagem é de Maurício de Santi, da Rádio Senado.

04/12/2018, 19h28 - ATUALIZADO EM 04/12/2018, 19h28
Duração de áudio: 01:58
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa destinada a debater a questão orçamentária e os reflexos econômicos da crise da segurança pública. 

Mesa: 
presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE);
senador Armando Monteiro (PTB-PE);
assessor especial do Ministério da Segurança Pública, Luiz Alberto D'Ávila.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA TEM REFLEXOS NEGATIVOS SOBRE A ECONOMIA. E O PREÇO REPRESENTA CERCA DE SEIS POR CENTO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DO PAÍS. LOC: O ASSUNTO FOI TEMA DE UM DEBATE NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS. A REPORTAGEM É DE MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, mostrou dados da Confederação Nacional da Indústria que apontam em seis por cento do PIB o custo da violência para a economia do país. São gastos com segurança, pagamento de seguros, sistema prisional e com as mortes por homicídio: (ARMANDO MONTEIRO): 130 bilhões de reais deixam de ser investidos na produção industrial em função da violência. É o que a indústria de transformação gasta com custo de segurança privada com perdas com roubo de cargas e vandalismo e outras tantas questões. (MAURÍCIO): O assessor especial do Ministério da Segurança Pública, Luiz Alberto D’Ávila, disse que o maior desafio para o setor é encontrar uma fonte permanente de financiamento. Ele destacou que em situações específicas, como nos períodos de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, o caixa para a segurança aumentou, o que não se repetiu nos anos seguintes. Uma saída, segundo ele, é a sanção da medida provisória 846 de 2018 que destina parte da arrecadação das loterias para a segurança: (LUIZ ALBERTO D’ÁVILA): Ao buscar os recursos de forma perene, continua, a gente pensa que esse ciclo se quebra e já vai plantar as bases para um ciclo que vai trazer a melhoria de vida para a população. (MAURÍCIO): O secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Mágino Alves Filho, lembrou que tecnologia é fundamental para combater a violência, mas isso custa caro. Só um programa de computador israelense que São Paulo pensou em comprar custa 8 milhões de dólares: (MÁGINO ALVES BARBOSA FILHO) Um software que trabalha com inteligência na interceptação de dos. Então é algo extremamente caro, é algo que a gente tem que considerar, a dificuldade dos estados de ter acesso a uma tecnologia dessas. (MAURÍCIO): Mágino também criticou a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de acabar com o Ministério da Segurança Pública, que será integrado à pasta da Justiça. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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