Equipe econômica e especialistas defendem teto de gastos e reforma da Previdência para reduzir a dívida pública — Rádio Senado
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Equipe econômica e especialistas defendem teto de gastos e reforma da Previdência para reduzir a dívida pública

Em seminário da Instituição Fiscal Independente (IFI) com o tema “Cenário Fiscal e Prioridades Orçamentárias”, equipe econômica defende Teto de Gastos e reforma da Previdência (PEC 287/2016) para conter o avanço da dívida pública. Especialistas alertam para o engessamento do Orçamento da União, que praticamente paga despesas obrigatórias. Ouça mais detalhes no áudio da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

19/06/2018, 14h26 - ATUALIZADO EM 19/06/2018, 14h45
Duração de áudio: 02:08
A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, promove o seminário “Cenários Fiscais e Prioridades Orçamentárias”, no Auditório Antônio Carlos Magalhães, Interlegis.

Mesa:
professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando Rezende;
deputado Marcus Pestana (PSDB-MG);
ministro do Planejamento, Esteves Colnago;
deputado Pedro Paulo (DEM-RJ);
jornalista do jornal “O Estado de S. Paulo”, Rolf Kuntz;
diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Scudeler Salto.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM SEMINÁRIO DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE, EQUIPE ECONÔMICA DEFENDE TETO DE GASTOS E REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA CONTER O AVANÇO DA DÍVIDA PÚBLICA. LOC: ESPECIALISTAS ALERTAM PARA O ENGESSAMENTO DO ORÇAMENTO DA UNIÃO, QUE PRATICAMENTE PAGA DESPESAS OBRIGATÓRIAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Intitulado “Cenários fiscais e prioridades orçamentárias”, o seminário da Instituição Fiscal Independente reuniu especialistas para discutir o futuro das contas públicas. O ministro do Planejamento, Esteves Col nago, citou que o Orçamento está engessado com o pagamento das despesas obrigatórias, sem espaço para investimentos. Ele afirmou que, desde 2014, há um crescimento da dívida pública, que hoje representa 76% do Produto Interno Bruto. O ministro destacou que o teto de gastos, que limita o aumento das despesas à inflação, é essencial para reduzir o rombo nas contas públicas a médio e longo prazo. (Esteves Colnago) Então, se eu retiro o teto do gastos, eu posso voltar a ter o que eu tinha no passado. Eu vou tentar cumprir obrigações com aumento de tributos. Nós, hoje, já temos um nível de tributos muito alto. Nós devemos olhar para dentro das nossas obrigações, das nossas despesas, aquilo que é prioritário e realocar. Precisamos caminhar dentro das nossas possibilidades e o teto do gasto é isso. Ela te coloca um limite de possibilidades e fala: agora dentro das suas possibilidades, você se organiza. (Repórter) O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, destacou que o governo já fez os ajustes necessários com o corte de gastos e que cabe ao Congresso Nacional aprovar reformas estruturantes. Ele defendeu a da Previdência como uma maneira de se reduzir o déficit nos próximos governos. (Mansueto Almeida) O que deve entrar no debate é qual Reforma da Previdência. Então, hoje, isso já foi assim um grande avanço na sociedade brasileira, porque há 4 anos atrás se negava necessidade de uma Reforma da Previdência. Hoje, há praticamente um consenso da necessidade da reforma da Previdência. O que os candidatos estão colocando para a sociedade, e isso é muito positivo, são propostas diferentes de Reforma da Previdência. (Repórter) Os representantes da equipe econômica defenderam mudanças na chamada regra de ouro, que impede o governo de emitir títulos para pagar despesas correntes. Recentemente, o Tribunal de Contas da União autorizou que recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações, no total de R$ 10 bilhões, fossem para o caixa da União.

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