Empréstimos do BNDES a governos estrangeiros podem ser proibidos — Rádio Senado
Proposta

Empréstimos do BNDES a governos estrangeiros podem ser proibidos

O BNDES não poderá mais emprestar a governos estrangeiros ou investir em outros países. É o que diz projeto de lei (PLS 261/2015) já aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos e que será votado agora na Comissão de Constituição e Justiça. A proposta autoriza, no entanto, financiamentos para a compra de bens produzidos no Brasil, conforme sugestão do senador, Plínio Valério (PSDB-AM). A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

16/01/2020, 16h39 - ATUALIZADO EM 16/01/2020, 18h22
Duração de áudio: 01:47
Foto: BNDES

Transcrição
LOC: O BNDES NÃO PODERÁ MAIS EMPRESTAR A GOVERNOS ESTRANGEIROS OU INVESTIR EM OUTROS PAÍSES. LOC: É O QUE DIZ PROJETO DE LEI JÁ APROVADO NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS E QUE SERÁ VOTADO AGORA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO. TÉC: O senador Reguffe, do Podemos do Distrito Federal, apresentou o projeto de lei em 2015 após saber das operações do BNDES em países como Venezuela, Angola e Cuba. (Reguffe): Gastar o dinheiro do contribuinte brasileiro financiando projetos fora do Brasil, gerando empregos fora do Brasil. Com tantas coisas para serem feitas aqui no nosso País, isso me parece um enorme contrassenso. (Repórter): O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, afirmou, no entanto, que a ideia de que o BNDES financiou projetos de interesse de governos amigos de seu partido é desmentida na própria página da instituição. (Jean): É verdade que o BNDES financia obras em países como Cuba, Venezuela, Angola e Moçambique? Não é verdade. O BNDES financia exportações de empresas brasileiras para mais de 40 países. Essas exportações referem-se a bens e serviços de alto valor agregado, como aeronaves, ônibus, caminhões e bens e serviços de engenharia. Ao contrário do que comumente é noticiado, o maior destino dessas operações são os Estados Unidos, 17 bilhões de 98 a 2017. (Repórter): A Comissão de Assuntos Econômicos, a pedido do relator, senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, aprovou uma modificação para não prejudicar a exportação de bens produzidos no país. (Plínio): Acrescentaremos uma exceção para permitir o financiamento da exportação de bens produzidos no Brasil e adquiridos por governos estrangeiros, de forma a evitar eventuais prejuízos ao setor industrial do País. (Repórter): A proposta está agora com a Comissão de Constituição e Justiça, onde o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, é o relator. Depois da CCJ, pode seguir diretamente para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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